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https://sistemas2.uespi.br/handle/tede/1012| Tipo do documento: | Livros e Capítulos de Livros |
| Título: | Por que discutir relações de gênero na escola? representações sociais de professoras/es da educação infantil |
| Autor: | Santos, Ana Célia de Sousa |
| Resumo: | Historicamente, aprendemos a ser, sentir e estar no mundo a partir de um modelo educacional que reforçou a educação de natureza biologizante, que privilegiou as diferenças sexuais, causando as desigualdades que mantêm, até hoje, a sociedade heteropatriarcal. Para refletir sobre como nos tornamos “mulheres” e “homens”, desenvolvemos esta pesquisa com o objetivo de identificar as representações sociais de relações de gênero, analisando as possíveis relações entre as RS e as práticas docentes das/os professoras/es de modo a compreender como são construídas as relações de gênero na Educação Infantil. Desse modo, foram imprescindíveis os estudos pós-coloniais e descoloniais e a teoria das representações sociais. Assim, fundamentamos esta pesquisa em Haraway (1995), Rago (1998), Sardenberg (2002), e Santos (1989, 2002, 2009, 2010) para tratar da Ciência como um campo de conhecimento que produz modos de ver o mundo e as pessoas; Sarti (2004) e Pinto (2003) para abordar os movimentos de mulheres e feministas e sua importância para a transformação das relações; Louro (1997, 2000, 2008), Oyěwùmí (2000, 2004), Cunha (2011, 2014, 2017); Saffioti (2004), Piscitelli (2009) para discorrer sobre a construção do conceito de gênero, destacando as contribuições para as epistemologias feministas e para a educação; Moscovici (1978, 2003, 2013), Jodelet (2001), Gilly (2002), Arruda (2002a) para aprofundar sobre as representações sociais e a aplicação dessa Teoria no processo investigativo e na educação; Finco (2017), Kramer (2006), Souza (2012) para discutir a prática docente na Educação Infantil e seus preceitos legais. Na metodologia, utilizamos a Teoria das Representações Sociais, especificamente a abordagem processual e/ou cultural de Denise Jodelet, que enfoca os aspectos histórico e cultural como importantes para a compreensão da dimensão simbólica da RS. A análise dos dados foi baseada na técnica de Análise de Conteúdo. (BARDIN, 1977). A pesquisa de campo foi dividida em duas etapas. Na I Etapa, foi realizada um questionário e uma entrevista com 13 professoras/es em sete Centros Municipais de Educação Infantil - CMEIs vinculados à SEMEC, em Teresina/Piauí para identificação das representações sociais de relações de gênero. Na II Etapa, fizemos a observação sistemática da prática docente de quatro professoras/es de quatro Centros Municipais de Educação Infantil para identificar as possíveis relações entre as representações sociais de relações de gênero e a prática docente. Conclui-se que as representações sociais que as/os professoras/es da EI têm sobre as relações de gênero são coerentes com um modo de pensar, sentir e agir que está relacionado com a identidade sexual, construída a partir das características biológicas. Estas representações estão ancoradas nos conhecimentos construídos pelo heteropatriarcado, objetivando-se no cotidiano e no discurso das/os professoras/es por meio de suas práticas, tanto individuais, quanto coletivas. Tais representações são constituídas de saberes sobre as relações de gênero aprendidas na convivência familiar sob a influência da comunicação que ocorre através da mídia e da religião. Percebeu-se que as/os participantes ensinam para meninas e meninos da EI conhecimentos baseados em uma educação sexista, no entanto apresentam aspectos voltados ao respeito à pluralidade e às diversidades existentes nesse espaço. Constatamos que os conteúdos teóricos e práticos sobre as relações de gênero são reproduzidos a partir do ensinamento de comportamentos, atitudes e valores, e também, reproduzem-se por meio dos conteúdos específicos das várias Ciências, mas sobretudo, através do lúdico, da arte, da música e da literatura. |
| Abstract: | Historically, we have learned to be, feel and exist in the world based on an educational model that reinforced a biologically-based education, which privileged sexual differences, causing the inequalities that maintain heteropatriarchal society to this day. In order to reflect on how we became “women” and “men”, we developed this research with the objective of identifying the social representations of gender relations, analyzing the possible relationships between the SR and the teaching practices of teachers in order to understand how gender relations are constructed in Early Childhood Education. Thus, postcolonial and decolonial studies and the theory of social representations were essential. Thus, we based this research on Haraway (1995), Rago (1998), Sardenberg (2002), and Santos (1989, 2002, 2009, 2010) to treat Science as a field of knowledge that produces ways of seeing the world and people; Sarti (2004) and Pinto (2003) to address women's and feminist movements and their importance for transforming relationships; Louro (1997, 2000, 2008), Oyěwùmí (2000, 2004), Cunha (2011, 2014, 2017); Saffioti (2004), Piscitelli (2009) to discuss the construction of the concept of gender, highlighting the contributions to feminist epistemologies and education; Moscovici (1978, 2003, 2013), Jodelet (2001), Gilly (2002), Arruda (2002a) to delve deeper into social representations and the application of this Theory in the investigative process and in education; Finco (2017), Kramer (2006), Souza (2012) to discuss teaching practice in Early Childhood Education and its legal precepts. In the methodology, we used the Theory of Social Representations, specifically the procedural and/or cultural approach of Denise Jodelet, which focuses on historical and cultural aspects as important for understanding the symbolic dimension of RS. Data analysis was based on the Content Analysis technique (BARDIN, 1977). The field research was divided into two stages. In Stage I, a questionnaire and an interview were conducted with 13 teachers in seven Municipal Early Childhood Education Centers - CMEIs linked to SEMEC, in Teresina/Piauí to identify social representations of gender relations. In Stage II, we systematically observed the teaching practice of four teachers from four Municipal Early Childhood Education Centers to identify possible relationships between social representations of gender relations and teaching practice. It is concluded that the social representations that ECE teachers have about gender relations are consistent with a way of thinking, feeling and acting that is related to sexual identity, constructed from biological characteristics. These representations are anchored in the knowledge constructed by the heteropatriarchy, objectifying themselves in the daily lives and discourse of teachers through their practices, both individual and collective. Such representations are constituted by knowledge about gender relations learned in family life under the influence of communication that occurs through the media and religion. It was noticed that the participants teach ECE girls and boys knowledge based on a sexist education, however, they present aspects aimed at respecting the plurality and diversity that exist in this space. We found that theoretical and practical content on gender relations is reproduced through the teaching of behaviors, attitudes and values, and is also reproduced through specific content from various Sciences, but above all, through play, art, music and literature. |
| Palavras-chave: | Educação Relações de Gênero Escola Função Social Educação Infantil |
| Área(s) do CNPq: | CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO |
| Idioma: | por |
| País: | Brasil |
| Instituição: | Universidade Estadual do Piauí |
| Sigla da instituição: | UESPI |
| Departamento: | EdUESPI |
| Citação: | SANTOS, Ana Célia De Sousa. Por que discutir relações de gênero na escola? representações sociais de professoras/es da educação infantil. Teresina: EdUESPI, 2021. p. 355. Disponível em: [link]. Acesso em: [data de acesso]. |
| Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
| URI: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/1012 |
| Data de defesa: | 2021 |
| Aparece nas coleções: | Livros e Capítulos de Livros |
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