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https://sistemas2.uespi.br/handle/tede/2141| Tipo do documento: | Monografia |
| Título: | Dificuldades enfrentadas por gestantes de alto risco no pré-natal em uma maternidade de referência do Piauí |
| Autor: | Rios, Danielly Xavier ![]() |
| Primeiro orientador: | Leal, Samira Rêgo Martins de Deus |
| Primeiro membro da banca: | Leal, Samira Rêgo Martins de Deus |
| Segundo membro da banca: | Moreira, Isabel Cristina Cavalcante Carvalho |
| Terceiro membro da banca: | Silva, Anneth Cardoso Basílio da |
| Resumo: | A gestação de alto risco (GAR) ocorre em cerca de 15% das gestações e estão associadas a fatores de risco gestacionais, que aumentam a probabilidade de evolução desfavorável, seja para a mãe como para o feto. Considerando que a morte materna é resultante de situações agravadas durante ou após a gestação e parto, a maioria dessas complicações são evitáveis e tratáveis. Dessa forma, é importante propiciar à gestante uma assistência de qualidade no pré-natal, de modo a prestar atenção e resolutividade aos potenciais agravos. Os objetivos do estudo são conhecer as dificuldades enfrentadas por gestantes de alto risco durante a assistência pré-natal, caracterizar o perfil sociodemográfico das mulheres com gravidez de alto risco atendidas em uma maternidade de referência do estado, desvelar os fatores de risco que mais acometem as gestantes acompanhadas no pré-natal de alto risco e identificar as principais dificuldades vivenciadas pelas gestantes de alto risco frente à assistência pré-natal. Estudo descritivo, quantitativo e transversal realizado em uma maternidade de referência em Teresina, Piauí, com gestantes de alto risco, com idade a partir de 18 anos e que realizaram pelo menos 3 consultas pré-natais. Foram excluídas gestantes sem diagnóstico de alto risco, com idade gestacional abaixo de 22 semanas ou acima de 37 semanas, e aquelas com condições que impediam a participação no estudo. Os dados foram coletados por meio de um questionário elaborado pela pesquisadora e organizados em planilhas no Excel Office (2013). A partir da entrevista de 150 gestantes de alto risco atendidas na maternidade, observou-se que a maioria tinha entre 30 a 35 anos (31,3%), se autodeclaram pardas (60%), são solteiras (34,7%), não possuem ocupação remunerada (55,3%), possui uma renda familiar de um salário-mínimo (50%), eram multíparas (70%), iniciaram o acompanhamento pré-natal no primeiro trimestre (82%). O principal diagnóstico de alto risco foi a hipertensão gestacional ou pré-eclâmpsia (39,3%), seguido por diabetes mellitus gestacional (18,7%) e idade materna avançada (12%). As gestantes (63,3%) consideraram a interação/acolhimento com o profissional de saúde excelente. Para 45% e 20,7% das gestantes, residir muito longe da maternidade e a dificuldade financeira para se deslocar até a maternidade, respectivamente, são fatores que implicam na permanência no pré-natal de alto risco. Esse perfil evidencia fatores de vulnerabilidade socioeconômica, desfavoráveis para a adesão e a continuidade do pré-natal de alto risco. Esses fatores revelam fragilidades na rede de atenção à saúde das gestantes de alto risco e podem impactar negativamente a continuidade dos cuidados e desfechos materno-fetais. A satisfação das gestantes em relação aos profissionais foi um fator determinante para a qualidade do serviço prestado, demonstrando a necessidade de intervenções que garantam não apenas a acessibilidade, mas também a qualificação contínua assistência. Este estudo contribuiu a compreensão dos desafios enfrentados pelas gestantes de alto risco e reforça a importância a necessidade de investimentos na estruturação da rede de atenção ao pré-natal de alto risco, além da implementação de medidas que minimizem as barreiras financeiras e geográficas. |
| Abstract: | High-risk pregnancies (HRG) occur in approximately 15% of pregnancies and are associated with gestational risk factors that increase the likelihood of unfavorable outcomes for both the mother and the fetus. Considering that maternal death results from situations that worsen during or after pregnancy and childbirth, most of these complications are preventable and treatable. Therefore, it is important to provide pregnant women with quality prenatal care, in order to pay attention and resolve potential problems. The objectives of this study are to understand the difficulties faced by high-risk pregnant women during prenatal care, characterize the sociodemographic profile of women with high-risk pregnancies treated at a reference maternity hospital in the state, reveal the risk factors that most affect pregnant women treated in high-risk prenatal care, and identify the main difficulties experienced by high-risk pregnant women during prenatal care. Descriptive, quantitative, and cross-sectional study conducted at a reference maternity hospital in Teresina, Piauí, with high-risk pregnant women aged 18 years or older who had at least 3 prenatal consultations. Pregnant women without a high-risk diagnosis, with gestational age below 22 weeks or above 37 weeks, and those with conditions that prevented participation in the study were excluded. Data were collected through a questionnaire prepared by the researcher and organized in spreadsheets in Excel Office (2013). Based on interviews with 150 high-risk pregnant women treated at the maternity hospital, it was observed that the majority were between 30 and 35 years old (31.3%), self-identified as brown (60%), were single (34.7%), did not have a paid job (55.3%), had a family income of one minimum wage (50%), were multiparous (70%), and started prenatal care in the first trimester (82%). The main high-risk diagnosis was gestational hypertension or preeclampsia (39.3%), followed by gestational diabetes mellitus (18.7%) and advanced maternal age (12%). The pregnant women (63.3%) considered the interaction/welcome with the health professional to be excellent. For 45% and 20.7% of the pregnant women, living too far from the maternity hospital and financial difficulty in traveling to the maternity hospital, respectively, are factors that imply remaining in high-risk prenatal care. This profile highlights socioeconomic vulnerability factors that are unfavorable for adherence to and continuity of high-risk prenatal care. These factors reveal weaknesses in the health care network for high-risk pregnant women and can negatively impact the continuity of care and maternal-fetal outcomes. Pregnant women's satisfaction with professionals was a determining factor for the quality of the service provided, demonstrating the need for interventions that ensure not only accessibility but also continuous quality of care. This study contributed to the understanding of the challenges faced by high-risk pregnant women and reinforces the importance of the need for investments in structuring the high-risk prenatal care network, in addition to implementing measures that minimize financial and geographic barriers. |
| Palavras-chave: | Gestação de Alto Risco Assistência Pré-Natal Obstetrícia Pregnancy Obstetrics |
| Área(s) do CNPq: | ENFERMAGEM::ENFERMAGEM OBSTETRICA CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM |
| Idioma: | por |
| País: | Brasil |
| Instituição: | Universidade Estadual do Piauí |
| Sigla da instituição: | UESPI |
| Departamento: | Centro de Ciencias da Saude |
| Programa: | Bacharelado em Enfermagem |
| Citação: | RIOS, Danielly Xavier. Dificuldades enfrentadas por gestantes de alto risco no pré-natal em uma maternidade de referência do Piauí. 2025. 56 f. Monografia (Bacharelado em Enfermagem) - Universidade Estadual do Piauí, Teresina, 2025. |
| Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
| URI: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/2141 |
| Data de defesa: | 2025 |
| Aparece nas coleções: | CCS - Bacharelado em Enfermagem (Poeta Torquato Neto – TERESINA) |
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| Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato |
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