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https://sistemas2.uespi.br/handle/tede/2360| Tipo do documento: | Trabalho de Conclusão de Curso |
| Título: | Práticas decoloniais legitimadas pelo estado: o caso do povoado sangue em Uruçuí/PI |
| Título(s) alternativo(s): | Práticas decoloniais legitimadas pelo estado: o caso do Povoado Sangue em Uruçuí/PI |
| Autor: | Sousa Ferreira, Mário Lucio |
| Primeiro orientador: | Oliveira, Felipe Moura |
| Primeiro membro da banca: | Oliveira Moura, Felipe |
| Segundo membro da banca: | Silva Nascimento, Laíse |
| Terceiro membro da banca: | da Silva Bezerra, Marina |
| Resumo: | O artigo discute as dinâmicas de opressão e resistência que moldam as relações sociais, políticas e econômicas, focando especialmente no contexto dos povos indígenas e suas lutas por direitos, reconhecimento e soberania. A persistência de legados coloniais e a forma como esses impactos se entrelaçam com as lutas contemporâneas são temas centrais. A pesquisa se insere nesse cenário, abordando como as redes sociais emergem como ferramentas cruciais para a mobilização coletiva e para a promoção de narrativas contrárias às hegemonias dominantes, destacando a interseção entre os protestos sociais e as mídias digitais como um novo campo de luta e resistência cultural para as comunidades indígenas. O problema-chave da pesquisa reside na marginalização contínua das populações indígenas, especialmente no que se refere à violência estatal e à invisibilidade de suas demandas. O estado historicamente tem desempenhado um papel opressor, muitas vezes ignorando os direitos constitucionais e os tratados internacionais que protegem essas comunidades. Nesse contexto, o artigo busca investigar como as práticas decoloniais estão sendo legitimadas pelo município de Uruçuí em relação ao Povoado Sangue, destacando a importância de entender as relações de poder entre o Estado e essas comunidades. O objetivo geral da pesquisa é apresentar soluções para as práticas decoloniais enfrentadas pelo Povoado Sangue, através de uma análise dos movimentos sociais, da resistência cultural e de iniciativas institucionais que visam desafiar as desigualdades estruturais e promover a inclusão. Para isso, o artigo busca desenvolver uma abordagem interdisciplinar para compreender as dinâmicas de resistência e as interações entre diferentes contextos sociais e políticos. A metodologia utilizada é qualitativa, aplicando uma abordagem exploratória e descritiva. A pesquisa foi realizada no Povoado Sangue, uma localidade rural no município de Uruçuí, Piauí. Os dados foram coletados por meio de entrevistas com residentes locais e membros da gestão pública, além de uma análise de documentos e notícias relacionadas à comunidade. O estudo utilizou a Análise de Conteúdo como técnica para interpretar os dados qualitativos, organizando as informações em categorias e temas centrais. Os resultados encontrados revelaram uma realidade complexa sobre as relações entre o Estado e os povos indígenas. Apesar de iniciativas estatais que visam, à primeira vista, promover a assistência e o suporte, constatou-se que essas ações frequentemente reforçam práticas de marginalização e invisibilidade dos saberes indígenas. Os entrevistados relataram a experiência de medo ao se identificarem como indígenas, uma herança de violência histórica. Além disso, a pesquisa destacou a importância dos rituais ancestrais como formas de resistência cultural, evidenciando seu papel vital na manutenção da identidade indígena e a necessidade de um acesso à saúde que respeite as especificidades culturais dos povos originários. Os dados também revelaram uma falta significativa de políticas públicas efetivas que reconheçam e garantam os direitos e a identidade dos indígenas. Em conclusão, a pesquisa enfatiza a urgência de um reconhecimento mais respeitoso das realidades indígenas e da valorização da diversidade cultural como parte essencial da sociedade brasileira. |
| Abstract: | The article discusses the dynamics of oppression and resistance that shape social, political, and economic relationships, particularly focusing on the context of indigenous peoples and their struggles for rights, recognition, and sovereignty. The persistence of colonial legacies and how these impacts intertwine with contemporary struggles are central themes. The research takes place within this scenario, addressing how social media emerges as a crucial tool for collective mobilization and the promotion of counter-hegemonic narratives, highlighting the intersection between social protests and digital media as a new field for cultural struggle and resistance for indigenous communities. The key problem of the research lies in the continued marginalization of indigenous populations, particularly regarding state violence and the invisibility of their demands. Historically, the state has played an oppressive role, often ignoring constitutional rights and international treaties that protect these communities. In this context, the article aims to investigate how decolonial practices are legitimized by the municipality of Uruçuí in relation to the Povoado Sangue, emphasizing the importance of understanding power relations between the state and these communities. The overall objective of the research is to present solutions for the decolonial practices faced by the Povoado Sangue, through an analysis of social movements, cultural resistance, and institutional initiatives aimed at challenging structural inequalities and promoting inclusion. To achieve this, the article seeks to develop an interdisciplinary approach to comprehend the dynamics of resistance and the interactions among different social and political contexts. The methodology employed is qualitative, using an exploratory and descriptive approach. The research was conducted in the Povoado Sangue, a rural locality in the municipality of Uruçuí, Piauí. Data was collected through interviews with local residents and members of public administration, alongside an analysis of documents and news related to the community. The study utilized Content Analysis as a technique to interpret qualitative data, organizing information into categories and central themes. The results revealed a complex reality regarding the relations between the state and indigenous peoples. Despite state initiatives that seemingly promote assistance and support, it was found that these actions often reinforce practices of marginalization and invisibility of indigenous knowledge. Interviewees reported experiences of fear when identifying as indigenous, a legacy of historical violence. Additionally, the research highlighted the importance of ancestral rituals as forms of cultural resistance, showcasing their vital role in maintaining indigenous identity and the need for access to healthcare that respects the cultural specificities of indigenous peoples. The data also revealed a significant lack of effective public policies that recognize and guarantee the rights and identity of indigenous individuals. In conclusion, the research emphasizes the urgency of a more respectful recognition of indigenous realities and the valuation of cultural diversity as an essential part of Brazilian society. |
| Palavras-chave: | Descolonização Identidade Indígena Relações de Poder |
| Área(s) do CNPq: | CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ADMINISTRACAO ADMINISTRACAO::ADMINISTRACAO PUBLICA |
| Idioma: | por |
| País: | Brasil |
| Instituição: | Universidade Estadual do Piauí |
| Sigla da instituição: | UESPI |
| Departamento: | Centro de Ensino - Campus do Interior |
| Programa: | Bacharelado em Administração |
| Citação: | SOUSA, Mário Lucio Ferreira de. Práticas decoloniais legitimadas pelo estado: o caso do Povoado Sangue em Uruçuí/PI. 2025. 36 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Administração) - Universidade Estadual do Piauí, Uruçuí, 2025. |
| Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
| URI: | http://sistemas2.uespi.br/handle/tede/2360 |
| Data de defesa: | 2025 |
| Aparece nas coleções: | CIES - Bacharelado em Administração (Cerrado do Alto Parnaíba – URUÇUÍ) |
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| Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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