| Compartilhamento |
|
Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://sistemas2.uespi.br/handle/tede/2909Registro completo de metadados
| Campo DC | Valor | Idioma |
|---|---|---|
| dc.creator | Aguiar, Sarah Emanuely da Silva | - |
| dc.contributor.advisor1 | Marinho, Joseanne Zinglera Soares | - |
| dc.contributor.referee1 | Nery, Ana Karoline de Freitas | - |
| dc.contributor.referee2 | Melo, Antônio Maureni Vaz Verçosa de | - |
| dc.date.accessioned | 2025-12-12T11:46:57Z | - |
| dc.date.issued | 2025 | - |
| dc.identifier.citation | AGUIAR, Sarah Emanuely da Silva. As condições de saúde e doenças das pessoas escravizadas em Teresina entre os anos de 1850-1888. 2025. 83 f. Monografia (Licenciatura em História) - Universidade Estadual do Piauí, Teresina, 2025. | por |
| dc.identifier.uri | http://sistemas2.uespi.br/handle/tede/2909 | - |
| dc.description.resumo | Este trabalho analisa as práticas médicas e as estratégias de cura no Piauí oitocentista, com ênfase nas relações entre escravidão, saúde e doença durante a formação de Teresina e o funcionamento das instituições de caridade, especialmente a Santa Casa de Misericórdia da capital. Entre 1850 e 1888. A assistência sanitária priorizava o controle das epidemias urbanas e a preservação da ordem social, negligenciando, frequentemente, a população escravizada, cuja saúde era vista apenas sob a ótica da utilidade econômica. No Piauí, a Santa Casa de Misericórdia de Oeiras e, posteriormente, a de Teresina, tornaram-se os principais espaços de assistência aos pobres e enfermos, embora enfrentassem graves limitações estruturais e financeiras. Documentos oficiais e relatos jornalísticos revelam a precariedade desses estabelecimentos, que sobreviviam graças à caridade e à subvenção provincial. O atendimento aos cativos e desvalidos era limitado e, na maioria das vezes, motivado por preocupações de ordem pública e não humanitária. Paralelamente à medicina oficial, floresciam práticas populares de cura, sustentadas principalmente por saberes africanos e indígenas, transmitidos oralmente e baseados no uso de ervas, e rituais religiosos. Essas práticas, reprimidas pelo Estado e rotuladas como charlatanismo, constituíam formas de resistência cultural e de cuidado acessível para os grupos marginalizados. O estudo evidencia que, diante da ausência de políticas de saúde sistemáticas e inclusivas, praticantes de cura, com curandeiros, benzedeiras e rezadeiras, exerceram papel essencial na sobrevivência e na manutenção da identidade cultural da população escravizada. A metodologia empregada fundamenta-se na análise qualitativa e histórica, utilizando relatórios provinciais, periódicos, códigos de postura e documentos hospitalares entre 1850 e 1888. Como aporte teórico, destacam-se Sidney Chalhoub (1996), Gilberto Hochman (1998), Tania Salgado Pimenta (2003), Teresinha Queiroz (1995), Roberto Machado (1978) e Joseanne Marinho (2018). Conclui-se que a saúde na capital Teresina, na segunda metade do século XIX, foi marcada por contradições entre o discurso da caridade e a prática da exclusão, onde a medicina institucional e os saberes populares coexistiram em tensão, revelando os limites da assistência médica e o protagonismo das práticas tradicionais no cuidado aos escravizados. | por |
| dc.description.abstract | This study analyzes medical practices and healing strategies in nineteenth-century Piauí, with emphasis on the relationships between slavery, health, and disease during the formation of Teresina and the functioning of charitable institutions, particularly the Santa Casa de Misericórdia of the capital, between 1850 and 1888. Sanitary assistance prioritized the control of urban epidemics and the preservation of social order, often neglecting the enslaved population, whose health was viewed solely through the lens of economic utility. In Piauí, the Santa Casa de Misericórdia of Oeiras and, later, that of Teresina became the main spaces for assisting the poor and the sick, although they faced severe structural and financial limitations. Official documents and newspaper reports reveal the precarious conditions of these establishments, which survived thanks to charity and provincial subsidies. Healthcare for enslaved people and the destitute was limited and, in most cases, motivated by concerns of public order rather than humanitarian interest. Parallel to official medicine, popular healing practices flourished, sustained mainly by African and Indigenous knowledge, transmitted orally and based on the use of herbs and religious rituals. These practices, repressed by the State and labeled as charlatanism, constituted forms of cultural resistance and accessible care for marginalized groups. The study shows that, in the absence of systematic and inclusive health policies, healers, such as folk healers, blessing practitioners, and prayer healers, played an essential role in the survival and cultural identity of the enslaved population. The methodology employed is based on qualitative and historical analysis, using provincial reports, newspapers, municipal codes, and hospital documents from 1850 to 1888. The theoretical framework includes the works of Sidney Chalhoub (1996), Gilberto Hochman (1998), Tania Salgado Pimenta (2003), Teresinha Queiroz (1995), Roberto Machado (1978), and Joseanne Marinho (2018). The study concludes that health conditions in the capital, Teresina, in the second half of the nineteenth century were marked by contradictions between the discourse of charity and the practice of exclusion, in which institutional medicine and popular knowledge coexisted in tension, revealing the limits of medical assistance and the central role of traditional practices in the care of enslaved populations. | eng |
| dc.description.provenance | Submitted by Sarah Emanuely Aguiar (sedasilvaa@aluno.uespi.br) on 2025-12-11T19:10:25Z No. of bitstreams: 2 monografiacompleta.pdf: 769946 bytes, checksum: 11d9842a5ce26ae4ce2c1c50f0d3a978 (MD5) Termo de autorizacao para publicaçao..pdf: 257000 bytes, checksum: 457af3d1c1a248be3f3896ede043077e (MD5) | eng |
| dc.description.provenance | Approved for entry into archive by Curadoria Digital Biblioteca Central (repositorioinstitucional@uespi.br) on 2025-12-12T11:46:57Z (GMT) No. of bitstreams: 2 monografiacompleta.pdf: 769946 bytes, checksum: 11d9842a5ce26ae4ce2c1c50f0d3a978 (MD5) Termo de autorizacao para publicaçao..pdf: 257000 bytes, checksum: 457af3d1c1a248be3f3896ede043077e (MD5) | eng |
| dc.description.provenance | Made available in DSpace on 2025-12-12T11:46:57Z (GMT). No. of bitstreams: 2 monografiacompleta.pdf: 769946 bytes, checksum: 11d9842a5ce26ae4ce2c1c50f0d3a978 (MD5) Termo de autorizacao para publicaçao..pdf: 257000 bytes, checksum: 457af3d1c1a248be3f3896ede043077e (MD5) Previous issue date: 2025-11-27 | eng |
| dc.format | application/pdf | * |
| dc.language | por | por |
| dc.publisher | Universidade Estadual do Piauí | por |
| dc.publisher.department | Centro de Ciencias Humanas e Letras | por |
| dc.publisher.country | Brasil | por |
| dc.publisher.initials | UESPI | por |
| dc.publisher.program | Licenciatura em História | por |
| dc.rights | Acesso Aberto | por |
| dc.subject | História do Piauí | por |
| dc.subject | Escravidão | por |
| dc.subject | Medicina | por |
| dc.subject | Artes de Cura | por |
| dc.subject.cnpq | CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA | por |
| dc.title | As condições de saúde e doenças das pessoas escravizadas em Teresina entre os anos de 1850-1888 | por |
| dc.type | Monografia | por |
| Aparece nas coleções: | CCHL - Licenciatura em História (Poeta Torquato Neto – TERESINA) | |
Arquivos associados a este item:
| Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
|---|---|---|---|---|
| Monografia Completa.pdf | 751,9 kB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.
