@MASTERSTHESIS{ 2024:555191994, title = {O ecletismo de Os Sertões: entre a história e a ficção}, year = {2024}, doi = "CUNHA, Euclides da. Os Sertões. 2. Ed. Jandira, SP: Principis, 2020.", url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/1074", abstract = "Este trabalho tem como objeto de estudo o livro Os Sertões, de Euclides da Cunha, obra que inaugura o pré-modernismo (1902-1922), um período literário que faz a transição entre o simbolismo e o modernismo brasileiro. As obras desse período apresentam um nacionalismo crítico, temática sociopolítica e linguagem jornalística. Os Sertões é considerada uma obra fundamental não apenas para a literatura, mas também para a cultura brasileira, pois os modos como o livro é lembrado – por um lado, uma denúncia do crime cometido pelo exército contra os sertanejos e, por outro, a denúncia de uma vontade idealizada de civilização em confronto com uma brutal realidade de desigualdade social – nos levam a compreender a obra ao mesmo tempo como diagnóstico do momento histórico. Mais que um relato histórico com descrição cientificista, a narrativa nos convida a refletir sobre seu aspecto literário. A natureza tem um papel fundamental na construção de metáforas para descrever a realidade. Para Euclides, a figura do sertão comporta analogias poéticas, em vez de apenas representar um cenário de luta. O escritor não está preocupado em descrever as condições climáticas, físicas e geológicas da natureza, mas extrair seus significados metafóricos. O sertão é descrito de maneira que o narrador faz uma analogia tanto ao homem como a guerra. O sertão é o cenário poético que esconde e ao mesmo tempo revela as cenas sangrentas de uma guerra e a realidade cruel sob a qual vive o sertanejo. Ainda vemos o detalhamento na descrição da disparidade entre o homem da cidade e o sertanejo; as figuras emblemáticas de Antônio Conselheiro e Moreira Cesar, assim como diálogos presentes na obra. O objetivo geral deste trabalho é analisar a escrita eclética de Os Sertões, de Euclides da Cunha, focalizando a complexa aliança entre a história e a ficção. A metodologia utilizada é em uma abordagem qualitativa e bibliográfica. Na fundamentação teórica, foram consultados trabalhos dos autores Alfredo Bosi (1994), Euclides da Cunha (1966), Hayden White (1992), Pimentel e Pimentel (2023), Roberto Ventura (2003) e outros. À vista disso, a obra-prima de Euclides da cunha, é um excelente ponto de partida para qualquer reflexão sobre as fluidas fronteiras entre história e ficção, visto que se completam, pois aspectos históricos e ficcionais contribuem para o processo de construção da narrativa e compreensão da realidade do sertão brasileiro.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Licenciatura em Letras Português}, note = {Centro de Ensino - Campus do Interior} }