@MASTERSTHESIS{ 2024:1986606976, title = {Camponeses-operários e frentes de emergência de combate aos efeitos das secas no Meio-Norte (décadas 1970-1990)}, year = {2024}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/1126", abstract = "O presente estudo propõe uma análise sobre a transformação dos trabalhadores camponeses das frentes de emergência de combate aos efeitos da seca no Meio-Norte brasileiro, nas décadas de 1970 a 1990, através de temas como história, sociedade e cultura. A pesquisa busca compreender as mudanças nas identidades, relações sociais e condições de vida desses trabalhadores, ligados ao mundo rural. O objetivo é analisar como o contexto de transição de camponeses para uma inserção forçada em um trabalho de moldes capitalistas impactou a experiência de classe, a sociedade e cultura do Meio-Norte, considerando a questão agrária, os conflitos, bem como as instituições governamentais de mediação sociopolítica. A metodologia interdisciplinar adotada inclui análise documental e pesquisa de campo, abrangendo fontes primárias e secundárias, como relatórios governamentais, fontes hemerográficas, estudos acadêmicos e entrevistas por meio da História Oral. Essa abordagem busca capturar as experiências de classe vivenciadas por esses trabalhadores durante as frentes de emergência, combinando abordagens históricas, antropológicas e sociológicas. A relevância deste estudo reside na urgência em desvendar as dinâmicas sociais, econômicas e culturais envolvidas na experiência da seca e no trabalho nas frentes de emergência, ressaltando a interação entre terra e trabalho, escassez de recursos naturais, bem como as estratégias de sobrevivência, resistência e negociação adotadas pelos camponeses diante da vulnerabilidade, da exploração e da criminalização no mundo rural. O enfoque se justifica pela complexidade das relações sociais e econômicas no Meio-Norte, permeadas por questões de acesso à terra, conflitos por propriedade, latifúndio e movimentos sociais no campo, que alteram as relações tradicionais com a terra e exacerbam a vulnerabilidade econômica. A análise dos elementos estruturantes como terra e trabalho, em conjunto com as discussões sobre classe social, identidade, economia moral e costumes do campesinato, permite uma compreensão mais ampla das transformações ocorridas nesse contexto. Os resultados esperados incluem a identificação de padrões de resistência, mudanças no cotidiano e nas expectativas dos trabalhadores, bem como a análise das estratégias de adaptação e das formas de luta frente às adversidades enfrentadas, que transcendem meras crises ambientais e econômicas. As descobertas apontam para a necessidade de reformas estruturais que abordem as causas fundamentais da pobreza e da desigualdade no contexto rural. As implicações são profundas, sugerindo que as políticas públicas devem transcender ações emergenciais e buscar soluções sustentáveis que promovam o desenvolvimento econômico e social, respeitando a cultura e a identidade dos trabalhadores rurais. Ao final, busca-se contribuir para o debate acadêmico sobre a história do trabalho, a questão agrária e os desafios enfrentados pelas populações rurais em regiões afetadas pela seca, fomentando uma reflexão crítica sobre as relações entre sociedade, Estado e natureza no contexto do Meio-Norte brasileiro, visando a formulação de políticas mais eficazes e humanizadas.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Programa de Mestrado em Sociedade e Cultura}, note = {Centro de Ciencias Humanas e Letras} }