@MASTERSTHESIS{ 2025:752340345, title = {O processo de alfabetização com base nos parâmetros curriculares nacionais (PCNS) e na base nacional comum curricular (BNCC)}, year = {2025}, url = "http://sistemas2.uespi.br/handle/tede/1490", abstract = "A alfabetização é um processo essencial para o desenvolvimento humano, abrangendo não só a aprendizagem de ler e escrever, mas abre caminho para que o educando possa agir sobre o mundo. Em sua essência, a alfabetização representa o acesso ao conhecimento e à cidadania, sendo uma ferramenta fundamental para a democratização e a autonomia sociais. Segundo Paulo Freire (1987), alfabetizar é mais do que o domínio da palavra escrita, pois é também promover a "leitura do mundo", ou seja, a compreensão crítica da realidade, um processo pelo qual o indivíduo se torna protagonista de sua própria história. Assim, a alfabetização é, ao mesmo tempo, uma habilidade técnica e um ato político e emancipatório. Esse processo é amplamente estudado e discutido por educadores e teóricos, que buscam entender como as pessoas desenvolvem habilidades de leitura e escrita, e como o contexto social e cultural influencia essa aprendizagem. Teóricos como Paulo Freire (1996), Emilia Ferreiro (1982) e Magda Soares (2003) defendem que a alfabetização ocorre através de um processo de construção cognitiva. Em suas pesquisas sobre a psicogênese da língua escrita, elas demonstram que a criança passa por diferentes fases ao aprender a ler e a escrever, construindo hipóteses sobre o funcionamento da linguagem escrita e compreendendo gradualmente o sistema alfabético. Esse entendimento é um avanço significativo, pois permite que os educadores compreendam as etapas e as dificuldades específicas que podem surgir no processo de alfabetização, possibilitando uma abordagem mais personalizada e eficaz. Lamentavelmente, de acordo com dados do IBGE (2022), o país ainda possui taxas de analfabetismo relativamente altas, especialmente em regiões mais vulneráveis, como o Nordeste, e entre grupos sociais historicamente marginalizados. A persistência do analfabetismo expõe desigualdades socioeconômicas, indicando a necessidade de políticas públicas específicas e de programas de educação inclusiva que garantam o direito à educação para todos. Além das questões teóricas e metodológicas, a alfabetização também é abordada como uma prioridade política e social. A universalização da alfabetização e a qualificação do ensino básico são estratégias fundamentais para combater o analfabetismo e promover uma sociedade mais justa e informada, de maneira que documentos, como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNS) (1997) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (2017), foram criados e formam a base pedagógica e política para o alcance desses objetivos. Nesse sentido, a alfabetização não é apenas uma responsabilidade do sistema educacional, mas também um compromisso de toda a sociedade, pois seu impacto vai além da esfera individual, influenciando diretamente o desenvolvimento econômico e cultural de um país.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Licenciatura em Letras Português}, note = {Centro de Ensino - Campus do Interior} }