@MASTERSTHESIS{ 2025:1536269612, title = {Dinâmica espacial e temporal da mortalidade infantil por cardiopatias congênitas no Brasil}, year = {2025}, url = "http://sistemas2.uespi.br/handle/tede/1893", abstract = "Introdução: As cardiopatias congênitas (CC) são anomalias estruturais do coração presentes ao nascimento e representam uma das principais causas de mortalidade infantil. Sua detecção precoce é essencial para a sobrevida dos recém-nascidos (RN). No Brasil, as CC estão entre as anomalias congênitas mais prevalentes, e sua distribuição pode estar associada a fatores socioeconômicos e geográficos. Objetivo: Analisar a distribuição espacial e temporal da mortalidade infantil por cardiopatias congênitas no Brasil no período de 2012 a 2022. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico que utilizou dados secundários do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Para a análise descritiva do perfil epidemiológico, aplicou-se estatística univariada. A análise espacial foi realizada com o Índice de Moran Global, a técnica Getis-Ord Gi* para identificação de hotspots e coldspots e o método de varredura Scan. A evolução temporal foi avaliada por meio da regressão Joinpoint, considerando-se p<0,05. Resultados: Foram registrados 34.242 óbitos infantis por CC no Brasil entre 2012 e 2022. A taxa média de mortalidade foi de 11,28 óbitos por 10.000 nascidos vivos (NV). O maior número de casos ocorreu em recém-nascidos do sexo masculino (53,9%), brancos (53,4%) e com até 27 dias de vida (52,8%). A maioria dos óbitos ocorreu em ambiente hospitalar (96,8%). A categoria CID-10 mais prevalente foi "Outras malformações congênitas do coração" (Q24), representando 52,4% dos casos. Em relação à região de notificação, o Sudeste registrou a maior proporção de óbitos (37,7%), enquanto o Centro-Oeste teve o menor percentual (9,6%). O ano de 2019 apresentou o maior pico de mortalidade, com 11,59 óbitos por 10.000 NV, enquanto 2020 registrou o menor valor, com 10,10 óbitos por 10.000 NV. A maior taxa de mortalidade foi registrada no Centro-Oeste (12,67 óbitos/10.000 NV). A tendência temporal se manteve estacionária no país, mas houve crescimento significativo de 1,44% (IC95%:0,01-2,91; p=0,049) na região Norte. A análise espacial revelou maior concentração de aglomerados significativos nos estados de Roraima, Rondônia e Mato Grosso. Além disso, os municípios de Eugênio de Castro (RS), Ponte Preta (RS), Jacuizinho (RS) e Antônio Prado de Minas (MG), apresentaram risco para as CC de 3,00 a 8,99 vezes maior que o observado em toda a região brasileira. Conclusão: A mortalidade infantil por CC apresentou uma tendência estacionária em todo o Brasil, exceto na região Norte, e uma distribuição heterogênea dos casos no território nacional, com maior concentração de óbitos em determinadas áreas. Os resultados evidenciam a necessidade de aprimorar a triagem neonatal, o diagnóstico precoce e a assistência especializada para CC, especialmente nas regiões mais vulneráveis. Esses achados subsidiam a formulação de políticas públicas que ampliem a cobertura da triagem, descentralizem os serviços de saúde e qualifiquem profissionais, garantindo melhor prognóstico e redução da morbimortalidade.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Bacharelado em Enfermagem}, note = {Centro de Ensino - Campus do Interior} }