@MASTERSTHESIS{ 2025:54710872, title = {Dificuldades enfrentadas por gestantes de alto risco no pré-natal em uma maternidade de referência do Piauí}, year = {2025}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/2141", abstract = "A gestação de alto risco (GAR) ocorre em cerca de 15% das gestações e estão associadas a fatores de risco gestacionais, que aumentam a probabilidade de evolução desfavorável, seja para a mãe como para o feto. Considerando que a morte materna é resultante de situações agravadas durante ou após a gestação e parto, a maioria dessas complicações são evitáveis e tratáveis. Dessa forma, é importante propiciar à gestante uma assistência de qualidade no pré-natal, de modo a prestar atenção e resolutividade aos potenciais agravos. Os objetivos do estudo são conhecer as dificuldades enfrentadas por gestantes de alto risco durante a assistência pré-natal, caracterizar o perfil sociodemográfico das mulheres com gravidez de alto risco atendidas em uma maternidade de referência do estado, desvelar os fatores de risco que mais acometem as gestantes acompanhadas no pré-natal de alto risco e identificar as principais dificuldades vivenciadas pelas gestantes de alto risco frente à assistência pré-natal. Estudo descritivo, quantitativo e transversal realizado em uma maternidade de referência em Teresina, Piauí, com gestantes de alto risco, com idade a partir de 18 anos e que realizaram pelo menos 3 consultas pré-natais. Foram excluídas gestantes sem diagnóstico de alto risco, com idade gestacional abaixo de 22 semanas ou acima de 37 semanas, e aquelas com condições que impediam a participação no estudo. Os dados foram coletados por meio de um questionário elaborado pela pesquisadora e organizados em planilhas no Excel Office (2013). A partir da entrevista de 150 gestantes de alto risco atendidas na maternidade, observou-se que a maioria tinha entre 30 a 35 anos (31,3%), se autodeclaram pardas (60%), são solteiras (34,7%), não possuem ocupação remunerada (55,3%), possui uma renda familiar de um salário-mínimo (50%), eram multíparas (70%), iniciaram o acompanhamento pré-natal no primeiro trimestre (82%). O principal diagnóstico de alto risco foi a hipertensão gestacional ou pré-eclâmpsia (39,3%), seguido por diabetes mellitus gestacional (18,7%) e idade materna avançada (12%). As gestantes (63,3%) consideraram a interação/acolhimento com o profissional de saúde excelente. Para 45% e 20,7% das gestantes, residir muito longe da maternidade e a dificuldade financeira para se deslocar até a maternidade, respectivamente, são fatores que implicam na permanência no pré-natal de alto risco. Esse perfil evidencia fatores de vulnerabilidade socioeconômica, desfavoráveis para a adesão e a continuidade do pré-natal de alto risco. Esses fatores revelam fragilidades na rede de atenção à saúde das gestantes de alto risco e podem impactar negativamente a continuidade dos cuidados e desfechos materno-fetais. A satisfação das gestantes em relação aos profissionais foi um fator determinante para a qualidade do serviço prestado, demonstrando a necessidade de intervenções que garantam não apenas a acessibilidade, mas também a qualificação contínua assistência. Este estudo contribuiu a compreensão dos desafios enfrentados pelas gestantes de alto risco e reforça a importância a necessidade de investimentos na estruturação da rede de atenção ao pré-natal de alto risco, além da implementação de medidas que minimizem as barreiras financeiras e geográficas.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Bacharelado em Enfermagem}, note = {Centro de Ciencias da Saude} }