@MASTERSTHESIS{ 2025:774740762, title = {Reforma tributária e federalismo fiscal: uma análise dos impactos sobre a autonomia dos entes subnacionais}, year = {2025}, url = "http://sistemas2.uespi.br/handle/tede/2149", abstract = "Este trabalho teve como título “Reforma Tributária e Federalismo Fiscal: uma análise dos impactos sobre a autonomia dos entes subnacionais”. O presente estudo teve como objetivo examinar criticamente os efeitos da Emenda Constitucional nº 132, de 2023, sobre a estrutura federativa brasileira, com enfoque na autonomia financeira, legislativa e administrativa dos entes subnacionais. O método de pesquisa utilizado foi a pesquisa jurídico-dogmática, de natureza qualitativa, com base em fontes bibliográficas e documentais, como doutrina especializada, jurisprudência, legislação e propostas legislativas. Inicialmente, foram apresentados os fundamentos constitucionais do federalismo, com destaque para a autonomia dos entes como cláusula pétrea e condição para a descentralização do poder. Em seguida, analisouse o sistema tributário vigente até 2023, evidenciando-se problemas estruturais como a complexidade normativa, a regressividade dos tributos sobre o consumo, a guerra fiscal e a concentração arrecadatória na União, fatores que comprometiam a efetividade do federalismo cooperativo. Por fim, foram discutidas as alterações promovidas pela EC nº 132/2023, especialmente a substituição de cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins) pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), bem como a criação do Comitê Gestor do IBS. A pesquisa demonstrou que, embora a reforma represente avanços relevantes em termos de simplificação, neutralidade e justiça fiscal, ela impõe novos desafios ao pacto federativo, ao deslocar a competência normativa e a arrecadação para instâncias de governança compartilhada. Conclui-se que a reforma tributária de 2023 não elimina formalmente a autonomia dos entes subnacionais, mas tende a redefinila em moldes cooperativos e tecnocráticos. A compatibilidade da reforma com os princípios constitucionais do federalismo dependerá da regulamentação infraconstitucional e da efetiva atuação democrática e equitativa do Comitê Gestor, a fim de assegurar que a autonomia federativa não seja apenas preservada em tese, mas efetivada na prática.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Bacharelado em Direito}, note = {Centro de Ensino - Campus do Interior} }