@MASTERSTHESIS{ 2025:1900953232, title = {Práticas decoloniais legitimadas pelo estado: o caso do povoado sangue em Uruçuí/PI}, year = {2025}, url = "http://sistemas2.uespi.br/handle/tede/2360", abstract = "O artigo discute as dinâmicas de opressão e resistência que moldam as relações sociais, políticas e econômicas, focando especialmente no contexto dos povos indígenas e suas lutas por direitos, reconhecimento e soberania. A persistência de legados coloniais e a forma como esses impactos se entrelaçam com as lutas contemporâneas são temas centrais. A pesquisa se insere nesse cenário, abordando como as redes sociais emergem como ferramentas cruciais para a mobilização coletiva e para a promoção de narrativas contrárias às hegemonias dominantes, destacando a interseção entre os protestos sociais e as mídias digitais como um novo campo de luta e resistência cultural para as comunidades indígenas. O problema-chave da pesquisa reside na marginalização contínua das populações indígenas, especialmente no que se refere à violência estatal e à invisibilidade de suas demandas. O estado historicamente tem desempenhado um papel opressor, muitas vezes ignorando os direitos constitucionais e os tratados internacionais que protegem essas comunidades. Nesse contexto, o artigo busca investigar como as práticas decoloniais estão sendo legitimadas pelo município de Uruçuí em relação ao Povoado Sangue, destacando a importância de entender as relações de poder entre o Estado e essas comunidades. O objetivo geral da pesquisa é apresentar soluções para as práticas decoloniais enfrentadas pelo Povoado Sangue, através de uma análise dos movimentos sociais, da resistência cultural e de iniciativas institucionais que visam desafiar as desigualdades estruturais e promover a inclusão. Para isso, o artigo busca desenvolver uma abordagem interdisciplinar para compreender as dinâmicas de resistência e as interações entre diferentes contextos sociais e políticos. A metodologia utilizada é qualitativa, aplicando uma abordagem exploratória e descritiva. A pesquisa foi realizada no Povoado Sangue, uma localidade rural no município de Uruçuí, Piauí. Os dados foram coletados por meio de entrevistas com residentes locais e membros da gestão pública, além de uma análise de documentos e notícias relacionadas à comunidade. O estudo utilizou a Análise de Conteúdo como técnica para interpretar os dados qualitativos, organizando as informações em categorias e temas centrais. Os resultados encontrados revelaram uma realidade complexa sobre as relações entre o Estado e os povos indígenas. Apesar de iniciativas estatais que visam, à primeira vista, promover a assistência e o suporte, constatou-se que essas ações frequentemente reforçam práticas de marginalização e invisibilidade dos saberes indígenas. Os entrevistados relataram a experiência de medo ao se identificarem como indígenas, uma herança de violência histórica. Além disso, a pesquisa destacou a importância dos rituais ancestrais como formas de resistência cultural, evidenciando seu papel vital na manutenção da identidade indígena e a necessidade de um acesso à saúde que respeite as especificidades culturais dos povos originários. Os dados também revelaram uma falta significativa de políticas públicas efetivas que reconheçam e garantam os direitos e a identidade dos indígenas. Em conclusão, a pesquisa enfatiza a urgência de um reconhecimento mais respeitoso das realidades indígenas e da valorização da diversidade cultural como parte essencial da sociedade brasileira.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Bacharelado em Administração}, note = {Centro de Ensino - Campus do Interior} }