@MASTERSTHESIS{ 2020:713988725, title = {O sujeito fragmentado em O Filho Eterno: memória e construção ficcional}, year = {2020}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/323", abstract = "O objetivo desta pesquisa é analisar o caráter ficcional da obra O filho eterno, de Cristovão Tezza, bem como verificar o ponto de vista do narrador sobre o filho com síndrome de Down e o fato de dedicar-se ao tema depois de vinte e cinco anos do nascimento do filho; identificando as dificuldades enfrentadas pelo pai em sua relação com Felipe e com a síndrome, levando em conta a construção da linguagem fragmentada na narrativa; além de analisar as concepções de tempo na narrativa de Tezza e a representação da melancolia na linguagem de O filho eterno. Há ênfase na representação da memória, destacando a digressão na narrativa pelos fluxos de consciência do pai, bem como a passagem do tempo para a personagem melancólica e a subjetividade do narrador. Há na obra a construção de um mundo ficcional que se vale das experiências de vida como fonte primeira de inspiração, mas que, ao configurá-lo através da linguagem, transcende-o, transforma-o. O romance tematiza a história de um pai que descobre que o filho tem síndrome de Down, na década de 80, e apresenta movimentos pendulares do narrador sem um padrão cronológico, portanto, sem linearidade. O processo de paternidade representado na obra é constituído pela consciência da passagem do tempo, mas principalmente, pela constatação do que perde no filho devido à sua condição melancólica, identificada na linguagem. Investiga-se aqui a hipótese de que há na construção ficcional de Tezza reflexões do sujeito pai quanto narrador e personagem, manifestando, assim, na linguagem, a dificuldade em delimitar uma fronteira entre a ficção e a não-ficção na obra.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Programa de Mestrado Acadêmico em Letras}, note = {Centro de Ciências Humanas e Letras} }