@MASTERSTHESIS{ 2025:648374909, title = {Sustentabilidade sob as lentes do consumo: uma crítica sociológica às práticas da Natura e do Grupo O Boticário}, year = {2025}, url = "http://sistemas2.uespi.br/handle/tede/2562", abstract = "Este trabalho analisa criticamente as práticas de sustentabilidade das empresas Natura e do Grupo Boticário e suas relações com o consumo na sociedade contemporânea, com base em um olhar da Sociologia do Consumo. O estudo parte da reflexão sobre como o consumo sustentável, frequentemente apresentado como solução para os problemas ambientais e sociais, pode funcionar como mais um elemento na reprodução das lógicas do próprio sistema capitalista. O objetivo principal foi compreender como as práticas empresariais de sustentabilidade são percebidas pelos consumidores, quais impactos sociais elas geram e em que medida essas ações representam, de fato, uma transformação ou se limitam a reforçar as estruturas já existentes. Para isso, realizou-se uma pesquisa de caráter qualitativo e descritivo, com base em análise documental e bibliográfica – incluindo estudos acadêmicos e relatórios institucionais de ambas as empresas. Descrevemos e comparamos as principais iniciativas voltadas para a sustentabilidade que são empregadas pelas empresas e como elas associam suas marcas a discursos de responsabilidade socioambiental e de incentivo ao consumo consciente. Contudo, o estudo aponta que tais práticas são frequentemente percebidas pelo consumidor de modo acrítico, funcionando mais como mecanismos de distinção social do que como instrumentos reais de transformação. Identificaram-se barreiras estruturais ao consumo sustentável, como o custo elevado dos produtos e a falta de infraestrutura, o que contribui para que a responsabilidade pela mudança recaia de forma desproporcional sobre o consumidor, enquanto as estruturas sociais e econômicas permanecem inalteradas. O trabalho conclui que o consumo sustentável, como tem sido praticado e propagado, corre o risco de funcionar como uma extensão do próprio sistema capitalista, servindo mais para legitimar o mercado do que para transformá-lo. A superação desse quadro exige não apenas mudanças nas escolhas individuais, mas principalmente uma transformação nas práticas empresariais, no papel do Estado e nas relações entre mercado, sociedade e ambiente. É necessário reconstruir o papel do consumidor como sujeito crítico e agente de transformação, e não apenas como comprador de causas convertidas em mercadoria.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Licenciatura em Ciências Sociais}, note = {Centro de Ensino - Campus do Interior} }