@MASTERSTHESIS{ 2025:1621552356, title = {Da fala para a escrita: um estudo sobre a variação no uso dos pronomes oblíquos me x mim por alunos do 8º ano do ensino fundamental}, year = {2025}, url = "http://sistemas2.uespi.br/handle/tede/2527", abstract = "Esta dissertação tem como temática, a nasalidade presente no pronome oblíquo átono me, ao ser pronunciado como mim, por alunos do 8º ano de uma escola pública, situada na zona rural do município de Itainópolis-PI. Esse fenômeno fonológico reflete- se, recorrentemente, nas produções escritas desses alunos, nas quais é possível se observar a troca do pronome oblíquo átono me pelo tônico mim, em posição adjunta ao verbo. O objetivo principal deste estudo é averiguar se essa troca realizada está relacionada à forma nasalizada como eles articulam esse pronome no uso efetivo da língua nas mais diversas situações contextuais. A realização desse estudo, justifica-se pela recorrência de usos inadequados registrados nas produções escritas espontâneas dos alunos, fato observado constantemente pelo professor de língua portuguesa da turma, o que afeta a qualidade de seus textos escritos. Toda discussão partirá da abordagem dos pronomes pessoais latinos, ancorada em estudos de Comba (2002) e Almeida (2000), seguida da concepção de uso dos pronomes pessoais do português brasileiro preceituada pela Gramática Tradicional (GT), assentando-se nas regras descritas por Cunha & Cintra (2016), Bechara (2019), Cegalla (2020); e nos estudos linguísticos de Câmara Jr. (1970), Vagones (1980), Callou & Leite (1993), Silva (2002), Abaurre & Pagotto (2013), Bisol (2014), Battisti & Vieira (2014), Collischon (2014), Alves (2017), Matzenauer (2017), entre outros, com os quais se pretende compreender assertivamente essas trocas que se refletem na escrita. Como questões norteadoras da pesquisa têm-se: o uso inadequado do pronome mim, em vez de me, na escrita dos discentes, é influenciado pela forma nasalizada como eles articulam este último em suas interações linguísticas orais? O uso inadequado desses pronomes está relacionado ao desconhecimento, por parte dos alunos, das regras prescritas pela gramática normativa para o emprego formal destes? A pronúncia nasalizada do pronome me está relacionada ao desconhecimento dos clíticos oral e nasal? Presume-se que a nasalidade na forma como os alunos articulam o pronome me, efetivando-o como mim, em suas interações linguísticas orais, seja fator determinante para que estes substituam-no, inadequadamente, em suas produções escritas, pelo oblíquo tônico mim, em posição adjunta ao verbo. Outra causa desse uso inadequado pode ser a falta de conhecimento, por parte deles, das regras estabelecidas pela gramática normativa referentes ao uso de tais pronomes pessoais em questão. Ou talvez, tais alunos não conseguem distinguir o clítico na forma oral com o da forma nasal. Ao que parece, não distinguem oralidade com nasalidade. A pesquisa realizada, quanto à tipologia, é quali-quantitativa, exploratória, explicativa, descritiva, intervencionista, bibliográfica, pesquisa de campo, documental, aplicada e levantamento (survey). Os resultados obtidos permitiram constatar interferência da oralidade na escrita dos alunos, com relação à troca do pronome oblíquo átono me pelo tônico mim, em posição adjunta ao verbo, bem como deficiência, apresentada por grande parte dos alunos da turma, no que diz respeito ao domínio das prescrições da gramática normativa referentes ao uso formal dos pronomes oblíquos em tela.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Programa de Mestrado Profissional em Letras}, note = {Centro de Ciencias Humanas e Letras} }