@MASTERSTHESIS{ 2025:1571451449, title = {A hipercorreção na escrita de alunos do 7º ano do ensino fundamental: um destaque para a troca da semivogal /u/ pelo grafema "l" em posição de coda silábica}, year = {2025}, url = "https://sistemas2.uespi.br/handle/tede/2663", abstract = "O ensino de ortografia na escola tem sido um desafio para o professor de Língua Portuguesa, visto que o domínio das formas escritas não é um processo imediato, mas se faz com a prática da língua e reflexão sobre ela. Muitas vezes, o conceito de “erro”, adotado pela escola, na verdade, consiste em alterações sonoras denominadas de processos fonológicos, comuns no processo de apropriação da língua escrita, e mais especificamente, aquisição da língua, como salienta Garcia (2004), ou “hipóteses que alunos levantam sobre a escrita”, segundo Cagliari (2009, p.244). Em outras palavras, os erros ortográficos podem ser considerados um suporte, uma ferramenta importante para a construção da escrita ortográfica. A hipercorreção, foco desta pesquisa, é um desvio ortográfico que se conceitua como uma tentativa exagerada de correção, isto é, de corrigir o que não precisa. Esse fenômeno ocorre quando o aluno entende como incorreta uma forma correta da língua, e acaba trocando por uma outra forma que considera adequada, com o objetivo de alcançar o padrão prestigiado socialmente. A hipercorreção, para Labov (2008, p.162) resulta de uma “insegurança linguística”, motivada por pressões da sociedade, levando o discente a uma tentativa exagerada de correção, passando a corrigir o que não precisa. Em produções textuais de alunos do 7º ano do ensino fundamental, identificou-se uma acentuada recorrência, na escrita, da troca da semivogal /u/ pelo grafema “l” em posição de coda, isto é, no final da sílaba de verbos flexionados na 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do modo indicativo (jogol, buscol, partil, no lugar de “jogou”, “buscou” e “partiu”, por exemplo). Os objetivos deste trabalho são: pontuar e quantificar as ocorrências desse erro ortográfico, verificar a presença desse fenômeno na escrita dos discentes, descrever os contextos fonológicos que explicam esse processo, levando a uma reflexão sobre o sistema ortográfico da língua portuguesa. Esta pesquisa caracteriza-se como bibliográfica, pois fundamentar-se-á nos estudos de autores, como Bisol (2014), Câmara Jr (1996), Hora (2009), Morais (2010), Cagliari(1999), Labov(2008), Bortone e Alves(2014), entre outros; quali-quantitativa, por apresentar resultados quantificáveis, por meio de produções textuais e atividades envolvendo o fenômeno estudado, além de conter avaliação de dados, buscando entender e analisar o processo de troca da semivogal /u/ pela consoante “l” nas produções textuais de alunos do ensino fundamental; e de campo, pois foi realizada com alunos de 7º ano de uma escola municipal de Teresina, Piauí, constituindo campo de pesquisa para aplicabilidade do estudo desse desvio ortográfico.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Programa de Mestrado Profissional em Letras}, note = {Centro de Ciencias Humanas e Letras} }