@MASTERSTHESIS{ 2025:1528886807, title = {Atuação da enfermagem à criança com autismo na estratégia saúde da família em Picos-PI}, year = {2025}, url = "http://sistemas2.uespi.br/handle/tede/2708", abstract = "O Transtorno do Espectro Autista (TEA) configura-se como um importante problema de saúde pública, cuja prevalência vem aumentando progressivamente, exigindo dos profissionais da Atenção Básica, em especial dos enfermeiros, maior preparo para o reconhecimento precoce dos sinais e manejo adequado dos casos. Diante da relevância dessa temática e da carência de estudos locais, este trabalho teve como objetivo conhecer a atuação da enfermagem na Atenção Básica frente ao cuidado às pessoas com TEA no município de Picos/PI, identificando o nível de conhecimento, o manejo clínico e a coordenação do cuidado desses profissionais. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa e descritiva, realizado entre setembro de 2024 e novembro de 2025, envolvendo 30 enfermeiros atuantes nas equipes de Estratégia Saúde da Família da zona urbana e rural do município. A coleta de dados foi realizada por meio de formulário eletrônico, elaborado no Google Forms, contendo variáveis sociodemográficas, profissionais, de conhecimento e de manejo clínico do TEA. As respostas foram analisadas por estatística descritiva no Microsoft Excel 2013, e os resultados discutidos com base na literatura científica pertinente. Os resultados mostraram predominância de enfermeiros do sexo feminino e com idade entre 40 e 49 anos. Embora a maioria conheça o conceito de TEA e consiga identificar seus principais pilares diagnósticos, muitos, no entanto, desconhecem ou não utilizam o instrumento de triagem M-CHAT nas consultas de puericultura. Além disso, a maioria consegue reconhecer manifestações clínicas sugestivas de TEA e, consequentemente, realiza encaminhamentos adequados à atenção secundária. No entanto, poucos possuem capacitação específica sobre autismo e, ainda assim, há falta de comunicação com os serviços especializados, o que evidencia fragilidade na coordenação e longitudinalidade do cuidado. Entre as principais dificuldades, destacam-se o excesso de atribuições na ESF, a falta de apoio dos gestores e o déficit de conhecimento técnico. A discussão evidenciou que, embora os enfermeiros demonstrem conhecimento conceitual satisfatório, a ausência de capacitação específica e o desconhecimento de protocolos formais, como o M-CHAT, comprometem a detecção precoce e a integralidade da assistência. Assim, a adoção de protocolos padronizados é essencial para nortear a prática clínica e garantir a equidade do cuidado na rede de atenção à saúde. Conclui-se que, apesar das limitações observadas, os enfermeiros de Picos/PI apresentam uma atuação comprometida e positiva no reconhecimento e encaminhamento dos casos suspeitos de TEA, reforçando sua relevância no processo de cuidado integral. Contudo, ressalta-se a necessidade de investimentos em educação permanente, fortalecimento da rede de apoio e integração intersetorial.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Bacharelado em Enfermagem}, note = {Centro de Ensino - Campus do Interior} }