@MASTERSTHESIS{ 2025:187060057, title = {Tendência temporal de internação hospitalar e de mortalidade por epilepsia no Brasil e suas regiões no período de 2015 a 2024}, year = {2025}, url = "https://sistemas2.uespi.br/handle/tede/2748", abstract = "A epilepsia é uma condição neurológica das mais prevalentes no mundo, com significativo impacto social, econômico e psicológico, afetando indivíduos de todas as idades, gêneros e classes sociais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 50 milhões de pessoas vivam com epilepsia globalmente, sendo aproximadamente 80% delas residentes em países de baixa e média renda, com limitado acesso a tratamento médico. O presente trabalho analisou as tendências temporais da morbidade hospitalar por epilepsia no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, no período de 2015 a 2024. O objetivo foi identificar padrões de internações hospitalares, avaliar os efeitos da pandemia de COVID-19 sobre o acesso a tratamento dos pacientes e compreender fatores sociais e clínicos associados à doença. Metodologia: Estudo observacional de séries temporais, utilizando dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Foram analisadas a evolução anual das internações, os picos e quedas no período, bem como as tendências lineares, mensuradas pelo coeficiente de determinação (R²). Resultados e Discussão: As internações permaneceram relativamente estáveis entre 2015 e 2018, seguidas por discreto crescimento em 2019, com queda acentuada em 2020, período crítico da pandemia, refletindo restrição de atendimentos eletivos e menor acesso hospitalar. A partir de 2021, observou-se retomada gradual, culminando em pico em 2023, possivelmente relacionado à recuperação da demanda reprimida e maior detecção de casos. A tendência linear apresentou crescimento positivo (R² = 0,551), sugerindo aumento progressivo da morbidade hospitalar. Esse padrão reflete tanto aprimoramento do diagnóstico e acesso quanto persistência de fatores de risco, como baixa adesão terapêutica, uso de álcool e drogas e acompanhamento ambulatorial inadequado. Conclusão: A morbidade hospitalar por epilepsia apresenta tendência ascendente no Brasil, com impacto significativo de eventos externos, como a pandemia de COVID-19. Os resultados reforçam a necessidade de políticas de saúde que promovam diagnóstico precoce, acompanhamento contínuo e estratégias preventivas, considerando desigualdades regionais e sociais.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Bacharelado em Medicina}, note = {Centro de Ciencias da Saude} }