@MASTERSTHESIS{ 2025:305691249, title = {Mulheres em luta: a abolição da escravidão e ações das mulheres no Ceará (1880-1884)}, year = {2025}, url = "http://sistemas2.uespi.br/handle/tede/2938", abstract = "A presente pesquisa tem como objetivo analisar a participação das mulheres da elite cearense, especialmente as integrantes da Sociedade das Cearenses Libertadoras, no processo abolicionista entre os anos de 1880 e 1884. A pesquisa busca compreender como essas mulheres atuaram na luta pela abolição, transformando espaços de sociabilidade e caridade em instrumentos de ação política em uma sociedade marcada por rígidas normas de gênero. A investigação parte da análise do contexto histórico e social que favoreceu o surgimento do movimento abolicionista no Ceará, abordando a influência da seca de 1877–1879 e a mobilização popular que antecedeu o fim da escravidão. Nesse contexto, a análise se apoia em Theophilo (1922), cujos registros sobre a seca oferecem uma base fundamental para compreender as transformações sociais e econômicas que impulsionaram o abolicionismo, e em Raimundo Girão (1984) e Antônio Bezerra (2001), que contextualizam o movimento abolicionista no Ceará. Em seguida, examina a representação feminina na imprensa, que ajudou a construir a imagem pública das senhoras libertadoras e reforçou a importância de suas ações no debate abolicionista, principalmente por meio dos jornais Libertador e O Cearense. Contribuem para análise diversos autores/as como Silva (2014), Chartier (2010) e Michelle Perrot (1998), que analisam o discurso moralizador, as representações e a presença da mulher na esfera pública, ajudando a compreender como essas imagens foram construídas e difundidas. Por fim, destaca o papel da Sociedade das Cearenses Libertadoras, suas estratégias, campanhas e articulações políticas, evidenciando como essas mulheres da elite transformaram suas práticas sociais em instrumentos de resistência. O trabalho dialoga ainda com Joan Scott (2019), ao tratar o gênero como categoria de análise histórica, com Lilia Schwarcz (1993) e Ângela Davis (1981), que articulam gênero, raça e classe, e com Ângela Alonso (2014), que analisa as redes de mobilização e a política dos afetos. Conclui-se que as mulheres da elite cearense tiveram papel decisivo no movimento abolicionista, ressignificando práticas femininas tradicionais em gestos de protagonismo político e simbólico.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Licenciatura em História}, note = {Centro de Ensino - Campus do Interior} }