@MASTERSTHESIS{ 2023:882427905, title = {O jogo da metaficção de Um crime delicado: a prosa experimental de Sérgio Sant’Anna e uma narrativa produtora de simulacros}, year = {2023}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/440", abstract = "Em Um crime delicado (1997) de Sérgio Sant’Anna, o narrador Antônio Martins é um crítico de teatro que se dispõe escrever uma autobiografia, contando seu envolvimento com uma moça manca e misteriosa, Inês. A narrativa se desenvolve à medida em que o protagonista rememora os acontecimentos que culminam num “(hipotético) crime” cometido por ele e que por fim o levam à absolvição pela justiça “por insuficiência de provas”. Enquanto narra, Martins reflete o tempo todo sobre o processo narrativo e a construção do romance. Assim, por vias de narrativas em espiral descendente, estabelece-se um jogo metaficcional que produz simulacros acerca da história narrada. As questões levantadas sobre a obra nortearam responder: como se constitui a metaficção e seus simulacros nessa narrativa; como a obra se situa e reverbera tendências do contexto literário da contemporaneidade pós-modernista; como a desconstrução do romance e o conceito de obra aberta se realizam no texto; dentre outras indagações. O objetivo geral deste trabalho se propôs, a partir do romance e pela prosa experimental de Sant’Anna (1997), analisar a narrativa metaficcional, sua produção de simulacros e como esses elementos ressoam as tendências da literatura pós-modernista ou contemporânea. Esta pesquisa se justifica pelo interesse de investigação científica em entender o fenômeno metaficcional como projeto estético do pós-modernismo. Trata-se de um estudo sob o método hipotéticodedutivo, com abordagem qualitativa de uma pesquisa bibliográfica de caráter explicativo, cuja matéria se dividiu em quatro partes. Na primeira, delinearam-se as considerações iniciais, a apresentação da problemática discutida, bem como uma breve exposição sobre o escritor e sua obra. Na segunda, foram debatidos os pontos que situam esse romance na perspectiva pósmodernista, com base nas contribuições de Schøllhammer (2009), Perrone-Moisés (1998; 2016), Jameson (1991; 1997), Hutcheon (1984; 1991), Barthes (2004; 2006), entre outros. Na terceira parte, discutiu-se sobre os elementos da criação ficcional, com aportes de Bernardo (2010), Eco (1991), Bakhtin (1997; 2002), Baudrillard (1991), dentre outros teóricos, a fim de investigar as instâncias da prosa de Sant’Anna (1997) e sua narrativa metaficcional. Na quarta parte, foi analisado o jogo da metaficção como produtor de simulacros no romance, bem como as camadas e peças que envolvem a sua narrativa, dialogando com Hutcheon (1984; 1991), Baudrillard (1991), Gass (2000), Pereira (2010) e outros, os quais viabilizam o estudo sobre os aspectos da literatura contemporânea e seus efeitos. Portanto, concluiu-se que, por vias de uma linguagem metaficcional, a qual encontra no pós-modernismo um terreno fértil para transgredir as noções clássicas da literatura, Sant’Anna (1997) aponta em sua prosa tendências marcantes da literatura contemporânea brasileira. Assim, o autor cria um jogo com seu leitor e uma realidade simulacral. O romance se desenvolve por várias peças que, ao movê-las, expõem diversas camadas de ficções, estas se multiplicam em outras narrativas que, por sua vez, desdobram-se em outras histórias e a literatura se volta para si.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Programa de Mestrado Acadêmico em Letras}, note = {Centro de Ciências Humanas e Letras} }