@MASTERSTHESIS{ 2023:349449921, title = {A cidade distópica em um piano para cavalos altos, de Sandro William Junqueira}, year = {2023}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/443", abstract = "O presente trabalho tem como objetivo analisar a cidade distópica na obra Um piano para cavalos altos, do escritor português contemporâneo Sandro William Junqueira. Os estudos da cidade na literatura são cada vez mais relevantes para refletir sobre as relações sociais em um contexto urbano de rápidas transformações motivadas por questões econômicas e políticas. A cidade, que outrora era considerada um lugar acolhedor, torna-se um campo de disputas com uma realidade cada vez mais segregadora. Com base nisso, faz-se pertinente questionar: qual a compreensão sobre distopia e sua relação com a cidade? Como é pensada a representação social a partir da distopia na obra Um piano para cavalos altos? A pesquisa é qualitativa, de cunho bibliográfico, pautada nos seguintes estudos: para a compreensão sobre os conceitos de distopia, são úteis os estudos de M. Keith Booker (1994) e Gregory Claeys (2017); para a análise da cidade contemporânea, contamos com as abordagens de Renato Cordeiro Gomes (2008); para o entendimento do conflito socioespacial, a visão de David Harvey (2005) e Edward Soja (1993). A cidade moderna e contemporânea é caracterizada pela pluralidade e heterogeneidade, tendo o homem imerso em conflitos sociais e territoriais. Uma cidade entrópica atinge seu auge na contemporaneidade, sobretudo com a presença da globalização, gestões políticas questionáveis, guerras, agressões ao meio ambiente, controle social, entre outros problemas. É nesse contexto que surge a literatura distópica, com possibilidade de reflexão sobre problemas urbanos, por meio de narrativas que constroem cenários potenciais a partir da realidade atual. Um piano para cavalos altos, de Sandro William Junqueira, fornece a metáfora distópica dos dias contemporâneos, colocando em cena uma cidade pautada no controle social e segregação que se impõe por zonas, cuja classe dominante legitima privilégios. E, diante desse cenário autoritário, surge um grupo de resistência que fornece uma perspectiva esperançosa na obra, caracterizando uma vertente da ficção distópica definida como distopia crítica.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Programa de Mestrado Acadêmico em Letras}, note = {Centro de Ciências Humanas e Letras} }