@MASTERSTHESIS{ 2024:1096351460, title = {A palatalização do /S/ em posição de coda no falar barrodurense}, year = {2024}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/491", abstract = "Esta dissertação é um estudo da palatalização do /S/ em posição de coda, na qual propomos realizar uma análise sociolinguística desse objeto. Para tanto, fundamentamo-nos na Teoria da Variação, sobretudo nas concepções de Labov (2008 [1972]), Tarallo (2007 [1985]), Alckmin (2021 [2017]) e Mollica (2021 [2003]). A descrição fonológica das variantes envolvidas é realizada, principalmente, por meio da Fonologia Autossegmental, com enfoque na Geometria de Traços, de Clements e Hume (1995). O tratamento da palatalização do /S/ tem como parâmetro os trabalhos de Brescancini (1996), Scherre e Macedo (2000), Macedo (2004), Monteiro (2009), Bassi (2011), Hora (2016), Lima (2017), Almeida (2019) e Cunha e Sales (2020). Como objetivo geral, propomos analisar o processo fonológico da palatalização do /S/ em posição de coda no falar barrodurense. A amostra é constituída por 1118 ocorrências das variantes coletadas por meio de entrevista individual gravada e da leitura de uma lista de palavras, realizadas com 16 participantes, estratificados por gênero, faixa etária e escolaridade. Como variáveis linguísticas independentes, elegemos: contexto fonológico antecedente, contexto fonológico seguinte, posição da fricativa na palavra, classe morfológica, número de sílabas e posição da fricativa em relação à sílaba tônica. As variáveis extralinguísticas controladas foram: gênero, sexo, faixa etária, escolaridade e instrumento. Para o tratamento estatístico dos dados, utilizamos o Programa Goldvarb X, no qual foi realizado o cálculo das porcentagens e dos pesos relativos de cada fator. Os resultados alcançados revelaram que a palatalização do /S/ é condicionada, predominantemente, por fatores linguísticos, uma vez que as variáveis extralinguísticas gênero, faixa etária e escolaridade se revelaram irrelevantes para a realização desse fenômeno. Deste último grupo, somente a variável instrumento se revelou relevante, com o fator "entrevista de experiência pessoal" despontando como favorável, demonstrando que a variante alveolopalatal é detentora de baixo prestígio nessa comunidade de fala, pois sua produção é favorecida pelo estilo de fala menos monitorado que emerge durante a entrevista e é desfavorecida pelo estilo de fala mais formal que surge durante a leitura da lista de palavras. Linguisticamente, esse processo é favorecido, sobretudo, pelo contexto fonológico seguinte, constituído pela coronal /t/, e pelos fatores: coda medial, palavras dissílabas, posição pretônica, vogais labiais e vogal dorsal. No dialeto de Barro Duro, predomina a realização da variante alveolar [s]; contudo, a variante alveolopalatal [ʃ] é categórica diante da coronal /t/.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Programa de Mestrado Acadêmico em Letras}, note = {Centro de Ciências Humanas e Letras} }