@MASTERSTHESIS{ 2020:684169805, title = {Ciência e estigma: A trajetória da Hanseníase na sociedade teresinense (2006-2016)}, year = {2020}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/857", abstract = "A hanseníase, ao longo dos anos, apresentou-se como uma doença atrelada a fatores negativos, de modo que no Brasil integrou o imaginário popular a ponto de justificar a segregação física de indivíduos, e mesmo que tenha mudado de nomenclatura, anteriormente denominada de lepra, ainda é vista de forma pejorativa devido ao estigma que ainda persiste. Diante disso, o objetivo geral desta pesquisa foi analisar os fatores socioculturais que estão relacionados com a inscrição da hanseníase na sociedade teresinense no período de 2006 a 2016, considerando que durante essa faixa temporal há grande produção de informações sobre o objeto de estudo devido aos prazos de erradicação propostos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Almejou-se especificamente discutir como a hanseníase vem caracterizando-se como doença negligenciada, identificando as áreas de maior incidência da doença na cidade de Teresina. Nessa trajetória, buscou-se, ainda, apontar os desdobramentos históricas das políticas públicas de controle e como esta se constitui atualmente diante dos avanços médicos. Metodologicamente, tratou-se de uma pesquisa caracterizada como bibliográfica e documental, de abordagem quanti-qualitativa, considerando os dados numéricos e os aspectos subjetivos relacionados ao processo de trajetória da doença em perspectiva nacional, regional e municipal. Para tanto, foram utilizados autores que discutem questões historiográficas, a exemplo de Remónd (2003), Gomes (1996), Chauveau e Tetart (1998), e autores que abordam a doença enquanto problema político e sociocultural, como Alvarenga (2013), Carvalho (2012), Hochman (1998), Maciel (2007), Nascimento (2005), além das contribuições teóricas de Elias (1993) e Goffman (1998). Quanto as fontes primárias constituiram-se dos bancos de dados sobre a hanseníase, produzidos pelo Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de Saúde e Fundação Municipal de Saúde de Teresina. Constatou-se que apesar da redução da incidência da doença ao longo da década, a situação ainda não está controlada, demonstrando a relevância em discutir essa problemática caracterizada como negligenciada por atingir as pessoas em situação de pobreza, e em muitas ocasiões não estar na agenda de prioridades do Governo Federal.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Licenciatura em História}, note = {Centro de Ciências Humanas e Letras} }