@MASTERSTHESIS{ 2016:1673171548, title = {Memória e melancolia na configuração da narrativa de Rakushisha}, year = {2016}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/96", abstract = "Esta dissertação estuda as vinculações entre memória e melancolia na narrativa de Rakushisha (2014) da escritora brasileira Adriana Lisboa. Na obra estudada, a memória e a melancolia estão presentes tanto na lógica das ações como na configuração de alguns personagens centrais e se projetam também na dimensão sócio-histórica. O estudo contempla a estrutura do romance enquanto narrativa de ficção, focando alguns elementos constituintes da configuração literária como o espaço e a heterotopia, o tempo e seus múltiplos aspectos e o personagem de ficção enquanto indivíduo deslocado em busca do resgate de sua identidade. A abstração dos estudos da memória e da melancolia na configuração da narrativa evidencia que tudo na obra converge nesses elementos: a narração, a narrativa e a história seguem o caminho fragmentário da memória e têm na melancolia sua expressividade. A personagem Celina, uma artesã que fabrica bolsas de tecido, sofre uma perda irreversível, na tentativa de retorno à vida social empreende uma vigem ao Japão na companhia de um desconhecido, Haruki, o ilustrador do Diário de Saga, escrito pelo poeta japonês do século XVII, Matsuo Bashô. Ela em Kyoto e Haruki em Tóquio, cada um por seus motivos, melancólicos, vivem um processo de retorno ao passado, pelo viés da memória, e buscam uma reconciliação consigo mesmos. As reminiscências de Celina, sua dor e solidão encontram na poesia de Bashô a iluminação que a faz pensar em liberar perdão para livrar-se do ressentimento e da mágoa. Ao seu modo, Haruki, um descendente de japonês, aproveita sua estada no Japão para conhecer suas raízes e assimilar a cultura e a língua que, até então, não faziam parte de sua vida. A partir do aporte teórico de Todorov (2003), Genette (1973), Roland Barthes (1973), Reuter (2004), Nunes (1988), dentre outros, discutem-se os elementos constituintes na narrativa de ficção; algumas aporias do espaço são evocadas nos postulados de Foucault (2006); Antonio Candido (1999) e Bakhtin (1997) estudam o personagem e os seus discursos; com Stuart Hall (2006) são verificadas as questões que giram em torno da identidade cultural; nos estudos referentes à memória estão as teorias de Santo Agostinho (2008), Bergson (1999), Halbwaks (2003) e Paul Ricoeur (2007). Textos de Freud (2011) e Nietzsche (2009) abrangem tanto a memória quanto a melancolia; já Kristeva (1989), Melanie Klein (1975), Walter Benjamin (1984) e Susan Sontag (1986) postulam sobre alguns aspectos da melancolia e do ressentimento.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Programa de Mestrado Acadêmico em Letras}, }