@MASTERSTHESIS{ 2017:1315833188, title = {Os interditos da história e da ficção angolana no romance rainha ginga, de agualusa}, year = {2017}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/121", abstract = "A Literatura e a História são ramos do conhecimento que buscam narrar o passado, evocar mitos e personalidades. Neste sentido, a presente dissertação teve por objetivo analisar como os discursos literários e históricos representam Ginga Mbandi, a rainha do Ndongo e Matamba. Nessa perspectiva, acrescentaram-se os seguintes objetivos específicos: evidenciar a ascensão de Ginga Mbandi ao trono do Ndongo e Matamba, mesmo numa sociedade patriarcal; demonstrar a resistência da nobre angolana frente às forças da coroa portuguesa; discutir as estratégias e alianças articuladas por ela para enfrentar o crescente domínio português. O romance selecionado, A Rainha Ginga e de Como os Africanos Inventaram o Mundo é de autoria de José Eduardo Agualusa, obra publicada em 2014. O recorte trilhado nessa narrativa visa explanar como se deu a resistência da líder angolana. Ginga Mbandi mostrou-se uma exímia diplomata. E, diante do avanço e domínio da coroa portuguesa no território Ndongo e da Matamba, fez alianças com os holandeses, que eram considerados inimigos dos portugueses. Acrescenta-se a aliança com Caza Cangola, líder dos jagas. Este povo era considerado feroz e dominava a arte da guerra. Sobre eles acercavam-se diversos mitos, dentre os quais práticas culturais canibalescas. Para fins de investigação dos fatos e objetivos mencionados, utilizaram-se pesquisas bibliográficas, cujas fontes estão no suporte impresso, on-line em fontes primárias e secundárias. Selecionaram-se teóricos e estudiosos na perspectiva dos estudos culturais. Buscaram-se na Teoria Literária conhecimentos acerca do gênero romance histórico, visto que o corpus da pesquisa tem suas implicações com a história de Angola. Assim elencou-se como referencial teórico sobre romance histórico os estudos de Lucáks (2011), Bakhtin (1988), Jamenson (2007), Hutcheon (1991), Burke (1992), White (1995), Bhabha (2013), Bonnici (2011), Gilroy (2014), Leite (2012), Pinto (2015), Agualusa (2015), Leite (2012), Pinto (2015), Agualusa (2015), Bonnici Adorno (2003), Anderson(1999) Chaves (1999), Fannon (2008), Fonseca (2011), Halbwachs (2004), Hall (2005), Kandjimbo(2001), Laranjeira (1999), Mata (1993), Spivak (2010). Com auxílio das teorias mencionadas, observou-se que Ginga Mbandi representa uma heroína vanguardista, na história de Angola. Mesmo vivendo em uma sociedade, considerada patriarcal, ela exerceu atividades nos espaços públicos e privados. A rainha Ginga rompeu com os estatutos sociais que impediam a ascensão feminina ao poder. A monarca liderou exércitos, sendo vitoriosa em algumas batalhas. Além disso, a aliança feita com os holandeses e os Jagas foram estratégias de resistências usadas por ela. Isso a fez sobressair-se aos portugueses. E assim, evitou por muitos anos o tráfico de escravos e as invasões territoriais.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Programa de Mestrado Acadêmico em Letras}, }