@MASTERSTHESIS{ 2018:1886654827, title = {O lago da lua: a poesia de tradição oral africana de Paula Tavares}, year = {2018}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/253", abstract = "A presente dissertação apresenta um estudo sobre o processo de construção da identidade cultural angolana através da análise dos poemas do livro O lago da lua, de Ana Paula Tavares, analisando como a cultura da tradição oral é ressignificada na linguagem poética da obra, como a memória coletiva e a ancestralidade estão representadas e como o sujeito poético feminino expressa sua subjetividade e sua relação com a tradição e sociedade a que pertence. A análise parte da discussão de como a identidade cultural deve ser entendida no contexto da África contemporânea para, em seguida, apresentar como a tradição oral está presente como parte determinante da identidade cultural africana e como o universo da oralidade é ressignificado na literatura escrita. Assim, o capítulo I discute as questões teóricas acerca da fragmentação das identidades na pós-modernidade e como essa identidade fragmentada pode ser interpretada no contexto dos países africanos. O capítulo II apresenta o universo da tradição oral africana e como a mesma é ressignificada na escrita literária dos escritores africanos. O capítulo III apresenta o contexto cultural e social em que Paula Tavares está inserida, produzindo uma poética engajada em representar e enunciar os desejos e anseios da mulher angolana. Em O lago da lua, Paula Tavares além de denunciar a crueldade da guerra pela independência, põe-nos perante a cultura das etnias do sul de Angola, através da ressignificação das tradições e mitos no contexto de uma nação recém independente e o questionamento de suas tradições, principalmente na forma como a mulher angolana é tratada. O desenvolvimento da discussão teórica e das análises dos poemas ocorreram à luz dos preceitos teóricos e analíticos propostos por Stuart Hall (2006), Homi Bhabha (2013), Kwame Anthony Appiah (1997), Francisco Noa (2015), Hampaté Bá (2010), Ana Mafalda Leite (2014), Éduard Glissant (2005), Maria Nazareth Fonseca (2015), Inocência Mata (2000; 2001; 2016), dentre outros. Os resultados mostram que através dos recursos da oralidade, Ana Paula Tavares reinscreve a memória do povo angolano, nos levando a refletir sobre a devastação da guerra e a condição da mulher angolana.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Programa de Mestrado Acadêmico em Letras}, note = {Centro de Ciências Humanas e Letras} }