@MASTERSTHESIS{ 2021:392364354, title = {Entre literatura e história: travessias migratórias, afrodiaspóricas e identitárias em Diário de Bitita de Carolina de Jesus}, year = {2021}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/265", abstract = "Neste estudo, propomos como objetivo geral compreender os impactos das travessias migratórias e afrodiaspóricas na constituição da identidade de Bitita/Carolina de Jesus, em Diário de Bitita, publicado no Brasil em 1986. Nesse livro, Bitita relembra fatos significativos de sua infância e adolescência. Embora a autora tenha ganhado relevante notoriedade com a publicação do seu primeiro diário Quarto de Despejo: diário de uma favelada, em 1960, sua produção literária possibilita múltiplas análises dentro de várias perspectivas. Desse modo, para contemplarmos o objetivo geral, pretendemos inicialmente estabelecer um diálogo entre literatura e história, tendo em vista que esta pesquisa analisa o corpus de estudo por essas duas vertentes. Além disso, buscamos compreender as principais razões das migrações realizadas pela narradora e personagem ao longo de sua trajetória de vida bem como as consequências das mesmas e analisar as experiências migratórias e afrodiaspóricas vivenciadas por Carolina de Jesus. Como metodologia, adotamos a pesquisa bibliográfica de cunho exploratório com uma abordagem qualitativa, que implica em levantamento, análise e aprofundamento de informações sobre a temática em estudo. Para tanto, fez-se necessário discorrermos sobre a relação entre literatura e história, apoiando-nos nos aportes de teóricos como Aristóteles (2003), Veyne (1998), White (2001), Costa Lima (1989). Para nos trazer uma visão sobre a história das mulheres negras, contamos com os cabedais de Davis (2016), hooks (2019), Kilomba (2019), Carneiro (2020). Ao versar sobre as travessias migratórias, recorremos a autores como Andrade (2016), Baeninger (2012), Sayad (1998). Já no tocante à questão afrodiaspórica, buscamos suporte em Hall (2003, 2015), Gilroy (2012), Santos (2008). Para traçarmos a trajetória de Carolina de Jesus, apoiamo-nos nas leituras de Meihy e Levine (2015), Fernandez (2019), Miranda (2013), Perpétua (2014) entre outros que auxiliaram na realização desta pesquisa. O trabalho de pesquisa envolveu ainda o estudo de fontes históricas que subsidiaram a releitura do corpus de estudo, permitindo o diálogo com outras obras. Carolina de Jesus nasceu cerca de três décadas após a abolição do trabalho escravo, mas como tantos outros afrodescendentes, vivenciou outros tipos de escravidão. Sem trabalho e com problemas de saúde, ela teve que se deslocar inúmeras vezes entre cidades de Minas Gerais e de São Paulo. Influenciada pelas histórias do avô, constitui uma identidade de mulher forte e desafiadora das injustiças que vivia ou presenciava, adotando os caminhos literários como aliados nessa empreitada.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Programa de Mestrado Acadêmico em Letras}, note = {Centro de Ciências Humanas e Letras} }