@MASTERSTHESIS{ 2020:1393546130, title = {Da canção ao cinema: a tradução intersemiótica de olhos nos olhos em O Abismo Prateado}, year = {2020}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/314", abstract = "Essa dissertação objetivou analisar o processo de tradução intersemiótica ocorrido na recriação da canção Olhos nos olhos (1976), do compositor Chico Buarque de Hollanda, nos procedimentos estéticos do filme O Abismo Prateado (2011), do cineasta Karim Aïnouz. Partindo disso, as presentes análises perpassaram três momentos vivenciados pelo eu-lírico feminino da canção e pela protagonista do filme, são eles: o abandono, a aflição e a aceitação. Para a realização de tais intentos, houve, primeiramente, a caracterização dos recursos estéticos utilizados tanto na canção como no filme; em seguida, a partir da apreensão das formas gerais e dos intracódigos, explicou-se como ocorre a tradução intersemiótica entre os sistemas semióticos cancionista e cinematográfico, tendo em vista o horizonte de equivalências e diferenças; e, por fim, interpretou-se os efeitos de sentido subjacentes ao processo tradutório estabelecido. Esta pesquisa tem, enquanto corpora, os dois objetos artísticos já destacados, caracterizando-se, metodologicamente, como qualitativa, quanto à sua natureza; descritiva e interpretativa, em relação aos objetivos; e bibliográfica, no que tange aos procedimentos técnicos. No que diz respeito aos teóricos que sustentam o estudo aqui proposto, foram utilizados autores como Peirce (2005), Pignatari (2004), Santaella (2005) e Coelho Neto (2010) para fundamentar as questões teóricas que envolvem a Semiótica Peirciana, além de Jakobson (2007), Haroldo de Campos (2015), Thais Diniz (1999) e Julio Plaza (2013) para tratar dos pressupostos da teoria da tradução intersemiótica. Quanto aos estudiosos utilizados para tratar de cada sistema semiótico em específico, recorreu-se a teóricos da semiótica da canção, caso de Luiz Tatit (1994; 2001; 2004) e Peter Dietrich (2008), além de pensadores da linguagem cinematográfica, como Martin (2005), Jacques Aumont (2012) e Bordwell; Thompson (2013). Em análises realizadas, constatou-se que a forma cinematográfica constitui o processo de tradução intersemiótica a partir de recursos visuais e sonoros, tais como sons diegéticos, ângulos de filmagem, movimentos de câmera e construção de cenários, compondo interseções com os usos estéticos da canção, a exemplo dos efeitos de passionalização, figurativização e tematização, as prossecuções e distensões melódicas, os ataques rítmicos, entre outros. Apesar disso, conclui-se que o cineasta Aïnouz direciona sua narrativa para a abordagem dos aspectos subjetivo e sensorial da personagem, focalizando sua angústia e sua exasperação; enquanto o cancionista Buarque trata mais do processo de superação da mulher e das fases de sua disjunção amorosa.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Programa de Mestrado Acadêmico em Letras}, note = {Centro de Ciências Humanas e Letras} }