@MASTERSTHESIS{ 2020:1665563836, title = {A hora e a vez de Augusto Matraga: do universo rosiano à adaptação fílmica de Vinícius Coimbra}, year = {2020}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/317", abstract = "Esta pesquisa encontrar-se no âmbito da literatura comparada, em busca de compreender nuances do processo de adaptação. Para tanto, abordamos o filme A hora e a vez de Augusto Matraga (2015) de Vinícius Coimbra, baseado no conto literário homônimo de Guimarães Rosa (1945), à luz de um diálogo comparativo a fim de elucidar a construção fílmica a partir da transposição de um sistema semiótico para outro, seguindo o embasamento teórico de estudos de André Bazin (1991/2018), Luis Buñuel (1983), Sylvie Debs (2010), Thaís Flores Diniz (1998/2005), Linda Hutcheon (2013), Marcelo Ikeda (2012/2019), Marcel Martin (2013), Christian Metz (2006), Robert Stam (1981/2006/2008), Joseph Campbell (1995), entre outros. Temos como objetivo analisar o processo de adaptação do conto ao filme, observando os processos de equivalência entre suas linguagens, para tentar compreender suas distinções discursivas temporais. Partimos da hipótese de que o processo de adaptação é abrangente e complexo, não leva em conta apenas uma transposição de linguagens, passa por um amplo procedimento de conexão estrutural, ideológica e simbólica. Sob essa ótica, percebemos que o momento de produção das duas obras infere diretamente na sua construção discursiva, a estética de ambos é pertinente ao que se propõe para sua época de construção, assim, há a constatação do apelo comercial no filme de Coimbra, em consonância com o domínio cinematográfico da contemporaneidade; neste caminho, percebemos que a ideologia presente na obra fílmica remete a expectativa de recepção, pela qual mantém-se uma aproximação com o texto literário, sem transformações bruscas, ao contrário do que se vê na adaptação de Roberto Santos (1965); em consequência disto, constatamos também que o cineasta propõe seguimento ao arquétipo do herói, baseado no desenvolvimento do conto, desencadeando uma jornada heroica ao personagem protagonista, ascendendo a simbologia do mito. Diante disso, é pertinente observamos que uma obra literária está aberta a distintas interpretações, tornando a adaptação como atuante de reprodução e conexão de culturas, produzindo diálogos sob ideologias diferentes, eclodindo discussões sobre a sociedade e conflitos individuais.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Programa de Mestrado Acadêmico em Letras}, note = {Centro de Ciências Humanas e Letras} }