@MASTERSTHESIS{ 2020:1790483684, title = {A vírgula em textos argumentativos de alunos do 9º ano do ensino fundamental: uma análise de usos não convencionais na perspectiva da prosódia}, year = {2020}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/327", abstract = "Muito se discute acerca da pontuação; sua relevância para a escrita é atestada pelos gramáticos e linguistas, mas a sua relação com a prosódia divide opiniões. Luft (1998), autor de um manual de gramática específico para vírgulas, afirma que para que haja uma aprendizagem efetiva do emprego convencional deste sinal de pontuação, seu ensino deve desligar-se de vez da prosódia, sendo a sintaxe a única parte da gramática detentora de autonomia para a definição de usos deste sinal. Outros autores como Chacon(1998) e Corrêa(2004) constatam em suas teses que a escrita possui um ritmo próprio e que a língua é heterogênea, por isso, a prosódia é parte integrante da escrita, não podendo ser deixada de lado ou possuir valor acessório. Motivadas pelas discussões elencadas e pela complexidade envolvida no uso de vírgulas demonstrada pelos sujeitos escreventes, bem como pela relevância do uso adequado deste sinal de pontuação para a manutenção do sentido do texto escrito, idealizamos esta pesquisa que procurou apresentar uma metodologia de ensino mais eficaz para o uso deste sinal de pontuação. Metodologia esta, que congrega aspectos prosódicos, sintáticos e enunciativos na condução do ensino da vírgula. Para a realização da pesquisa, elegemos como pilar teórico a Fonologia Prosódica, conforme modelo proposto por Nespor e Vogel (1986). Por meio das configurações dos constituintes prosódicos: frase fonológica ϕ e frase entonacional I, delineamos as regularidades prosódicas presentes nos textos argumentativos dos alunos a fim de constatarmos se os usos não convencionais da vírgula coincidiam com fronteiras prosódicas, tornando-se evidências do imaginário que os sujeitos possuem sobre a escrita. As análises evidenciaram essa relação intrínseca entre prosódia e escrita através do uso da vírgula, apontando como regularidade prosódica a coincidência com frase entonacional não final. A fim de constatarmos nossa hipótese de que aliar o ensino convencional da vírgula às teorias fonológicas da prosódia podem amenizar a complexidade envolvida no seu uso e assim contribuir para um emprego deste sinal de pontuação mais adequado ao sentido pretendido e mais coerente com a natureza heterogênea da escrita, realizamos um experimento com diferentes abordagens teóricas sobre o assunto da vírgula: uma com base exclusivamente sintática (grupo controle) outra com base gramatical, prosódica e enunciativa (grupo experimental). O resultado da análise comparativa aponta esse direcionamento prosódico como promissor de uma aprendizagem mais natural e efetiva, já que o grupo experimental assimilou melhor o conteúdo da vírgula incorrendo em menos usos não convencionais ao produzir textos argumentativos.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Programa de Mestrado Profissional em Letras}, note = {Centro de Ciências Humanas e Letras} }