@MASTERSTHESIS{ 2016:350834875, title = {Identidades homoafetivas do negro na literatura brasileira contemporânea}, year = {2016}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/61", abstract = "Este estudo investigativo de base literária acerca das homoafetividades do negro na literatura brasileira contemporânea pretendeu analisar as identidades homoafetivas do negro em Stella Manhattan (1985), de Silviano Santiago, “A Seiva da Vida” (1998), de Éle Semog e O Cafuçu (2012), de Marcos Soares. Para isso, buscou-se perceber os mecanismos usados pelos autores na construção das identidades do sujeito homoafetivo negro masculino nas obras já mencionadas e em obras das correntes estéticas anteriores a partir da produção de saberes da historiografia social e da literatura gay ou de temática homoafetiva. Por se tratar de um estudo literário foram utilizadas teorias da literatura, tendo como centro, a abordagem dos Estudos Culturais, uma vez que nessa abordagem os estudos de gênero, no caso a identidade homoafetiva e os estudos étnicos são considerados o seu objeto de investigação. Sobre este campo do conhecimento, tomou-se como literatura fundamental, Homi Bhabha (1996, 1998), Maria Elisa Cevasco (2003) e outros autores. Além dessa abordagem, incluíram-se ainda os estudos acerca da identidade do sujeito na acepção do sujeito sociológico, o qual não mantém essa categoria como estrutura fixa, mas movente conforme a adequação ao tempo e contexto social, conforme a teoria de Stuart Hall (2014) e Zigmunt Bauman (2005) e outros. No que se refere aos conceitos de gênero, identidade sexual e homoafetividade tomaram-se por fundamento as ideias contidas em Judith Buttler (2003), Guacira Lopes Louro (2013), Richard Miskolci (2012), James N. Green e Ronald Polito (2006), Luiz Mott (2003), João Silvério Trevisan (2002, 2010) e outros estudiosos. Da teoria da literatura e crítica literária Machado de Assis (1994) e Rogel Samuel (2007). Da crítica da afrodescendente foram usadas a teoria das escrevivências de Conceição Evaristo (2011), o conceito de literatura afro-brasileira, de Eduardo de Assis Duarte e as concepções de negritude postas em Kabengele Munanga (1988). O tratamento dado aos sujeitos que se identificam como homoafetivos e negros sofreram variações que acompanharam as transformações históricas e sociais, saindo da imposição do esquecimento e condenação, da condição de escravizados ao reconhecimento dessas identidades sociais. A literatura como arte representativa da realidade social acompanhou o mesmo processo, embora que seja lento e alvo de preconceito no contexto escolar, pois há realidades onde as obras literárias que tematizam o homoafetivo e o negro ou o homoafetivo negro ainda não fazem parte dos manuais didáticos, tampouco da vivência escolar. Então, essa diferença entre o cânone e a supervalorização do amor heterossexual em detrimento da literatura que tematiza a cultura das minorias étnicas e de gênero precisa ser quebrada a partir da demonstração de que as diversas identidades e culturas necessitam ser respeitadas no contexto de abrangência da diversidade.", publisher = {Universidade Estadual do Piauí}, scholl = {Programa de Mestrado Acadêmico em Letras}, }