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https://sistemas2.uespi.br/handle/tede/1893| Tipo do documento: | Monografia |
| Título: | Dinâmica espacial e temporal da mortalidade infantil por cardiopatias congênitas no Brasil |
| Autor: | Veras de Brito, Poliana ![]() |
| Primeiro orientador: | Araujo Maranhão, Thatiana |
| Resumo: | Introdução: As cardiopatias congênitas (CC) são anomalias estruturais do coração presentes ao nascimento e representam uma das principais causas de mortalidade infantil. Sua detecção precoce é essencial para a sobrevida dos recém-nascidos (RN). No Brasil, as CC estão entre as anomalias congênitas mais prevalentes, e sua distribuição pode estar associada a fatores socioeconômicos e geográficos. Objetivo: Analisar a distribuição espacial e temporal da mortalidade infantil por cardiopatias congênitas no Brasil no período de 2012 a 2022. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico que utilizou dados secundários do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Para a análise descritiva do perfil epidemiológico, aplicou-se estatística univariada. A análise espacial foi realizada com o Índice de Moran Global, a técnica Getis-Ord Gi* para identificação de hotspots e coldspots e o método de varredura Scan. A evolução temporal foi avaliada por meio da regressão Joinpoint, considerando-se p<0,05. Resultados: Foram registrados 34.242 óbitos infantis por CC no Brasil entre 2012 e 2022. A taxa média de mortalidade foi de 11,28 óbitos por 10.000 nascidos vivos (NV). O maior número de casos ocorreu em recém-nascidos do sexo masculino (53,9%), brancos (53,4%) e com até 27 dias de vida (52,8%). A maioria dos óbitos ocorreu em ambiente hospitalar (96,8%). A categoria CID-10 mais prevalente foi "Outras malformações congênitas do coração" (Q24), representando 52,4% dos casos. Em relação à região de notificação, o Sudeste registrou a maior proporção de óbitos (37,7%), enquanto o Centro-Oeste teve o menor percentual (9,6%). O ano de 2019 apresentou o maior pico de mortalidade, com 11,59 óbitos por 10.000 NV, enquanto 2020 registrou o menor valor, com 10,10 óbitos por 10.000 NV. A maior taxa de mortalidade foi registrada no Centro-Oeste (12,67 óbitos/10.000 NV). A tendência temporal se manteve estacionária no país, mas houve crescimento significativo de 1,44% (IC95%:0,01-2,91; p=0,049) na região Norte. A análise espacial revelou maior concentração de aglomerados significativos nos estados de Roraima, Rondônia e Mato Grosso. Além disso, os municípios de Eugênio de Castro (RS), Ponte Preta (RS), Jacuizinho (RS) e Antônio Prado de Minas (MG), apresentaram risco para as CC de 3,00 a 8,99 vezes maior que o observado em toda a região brasileira. Conclusão: A mortalidade infantil por CC apresentou uma tendência estacionária em todo o Brasil, exceto na região Norte, e uma distribuição heterogênea dos casos no território nacional, com maior concentração de óbitos em determinadas áreas. Os resultados evidenciam a necessidade de aprimorar a triagem neonatal, o diagnóstico precoce e a assistência especializada para CC, especialmente nas regiões mais vulneráveis. Esses achados subsidiam a formulação de políticas públicas que ampliem a cobertura da triagem, descentralizem os serviços de saúde e qualifiquem profissionais, garantindo melhor prognóstico e redução da morbimortalidade. |
| Abstract: | Introduction: Congenital Heart Defects (CHD) is a structural anomaly of the heart present at birth and is one of the main causes of infant mortality. Early detection is essential for the survival of newborns. In Brazil, CHD is among the most prevalent congenital anomalies, and its distribution may be associated with socioeconomic and geographic factors. Objective: To analyze the spatial and temporal distribution of infant mortality due to congenital heart disease in Brazil from 2012 to 2022. Methods: This is an ecological study that used secondary data from the Mortality Information System (SIM) and the Live Birth Information System (SINASC). Univariate statistics were applied for the descriptive analysis of the epidemiological profile. Spatial analysis was performed using the Global Moran Index, the Getis-Ord Gi* technique to identify hotspots and coldspots, and the Scan scanning method. Temporal evolution was assessed using Joinpoint regression, considering p<0.05. Results: A total of 34,242 infant deaths due to CHD were recorded in Brazil between 2012 and 2022. The average mortality rate was 11.28 deaths per 10,000 live births (LB). The highest number of cases occurred in male newborns (53.9%), white newborns (53.4%) and newborns up to 27 days of age (52.8%). Most deaths occurred in hospital settings (96.8%). The most prevalent ICD-10 category was "Other congenital malformations of the heart" (Q24), representing 52.4% of cases. Regarding the reporting region, the Southeast recorded the highest proportion of deaths (37.7%), while the Central-West had the lowest percentage (9.6%). The year 2019 had the highest mortality peak, with 11.59 deaths per 10,000 LB, while 2020 recorded the lowest value, with 10.10 deaths per 10,000 LB. The highest mortality rate was recorded in the Central-West (12.67 deaths/10,000 LB). The temporal trend remained stationary in the country, but there was a significant growth of 1.44% (95% CI: 0.01-2.91; p=0.049) in the North region. The spatial analysis revealed a higher concentration of significant clusters in the states of Roraima, Rondônia, and Mato Grosso. In addition, the municipalities of Eugênio de Castro (RS), Ponte Preta (RS), Jacuizinho (RS), and Antônio Prado de Minas (MG) presented a risk for CC of 3.00 to 8.99 times greater than that observed in the entire Brazilian region. Conclusion Infant mortality due to CHD showed a steady trend throughout Brazil, except in the North region, and a heterogeneous distribution of cases across the country, with a higher concentration of deaths in certain areas. The results highlight the need to improve neonatal screening, early diagnosis and specialized care for CHD, especially in the most vulnerable regions. These findings support the formulation of public policies that expand screening coverage, decentralize health services and qualify professionals, ensuring better prognosis and reduced morbidity and mortality. |
| Palavras-chave: | Cardiopatias Congênitas Análise Espacial Análise Temporal Estudos Ecológicos |
| Área(s) do CNPq: | CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM SAUDE COLETIVA::EPIDEMIOLOGIA |
| Idioma: | por |
| País: | Brasil |
| Instituição: | Universidade Estadual do Piauí |
| Sigla da instituição: | UESPI |
| Departamento: | Centro de Ensino - Campus do Interior |
| Programa: | Bacharelado em Enfermagem |
| Citação: | BRITO, Poliana Veras de. Dinâmica Espacial e Temporal da Mortalidade Infantil por Cardiopatias Congênitas no Brasil. 2025. 57f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Enfermagem) – Universidade Estadual do Piauí, Campus Professor Alexandre Alves de Oliveira, Parnaíba, 2025. |
| Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
| URI: | http://sistemas2.uespi.br/handle/tede/1893 |
| Data de defesa: | 2025 |
| Aparece nas coleções: | CIES - Bacharelado em Enfermagem (Professor Alexandre Alves – PARNAÍBA) |
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