Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://localhost:8080/tede/handle/tede/293
Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.creatorCarvalho, Keiliane da Silva Araújo-
dc.contributor.advisor1Souza, Elio Ferreira de-
dc.date.accessioned2021-12-07T14:15:03Z-
dc.date.issued2021-08-13-
dc.identifier.citationCARVALHO, Keiliane da Silva Araújo. Descolonização e identidade cultural moçambicana no romance Jesusalém, de Mia Couto. 2021. 139 f. Dissertação (Programa de Mestrado Acadêmico em Letras) - Universidade Estadual do Piauí, Teresina, 2021.por
dc.identifier.urihttp://localhost:8080/tede/handle/tede/293-
dc.description.resumoÉ sabido que a temática da identidade cultural tem sido amplamente discutida na atualidade. Parte dessas discussões gira em torno da problematização da superioridade pretendida pela Europa ocidental. Por conseguinte, o propósito desses novos enfoques é, conforme escreveu Kebengele Munanga (2019), fixar os valores das civilizações africana e ocidental em posição de equivalência, recusando, assim, a inferioridade, a estereotipia negativa e o exotismo conferido ao sujeito colonizado, sobretudo ao africano. Partindo dessa acepção, o objetivo deste estudo é evidenciar de que maneira a identidade cultural moçambicana é (re)construída no romance Jesusalém (2009), de Mia Couto. Com uma produção um tanto vasta, principalmente se considerarmos a jovialidade da literatura moçambicana de língua portuguesa, os traços mais significativos da produção literária miacoutiana são as seguintes: as tradições autóctones, a inventividade linguística inscrita no código do colonizador, o cenário moçambicano, a identidade nacional, a descolonização e/ou sentimento anticolonial, o engajamento político-social e as múltiplas formas opressivas que circunscrevem a mulher, entre outros. Nessa perspectiva, os escritos de Mia Couto são como subsídios linguísticos para a criação e solidificação de uma consciência nacionalista e uma estética mais autônoma, ao passo em que contribuem para reafirmação de “diferenças culturais” (BHABHA, 2019) presentes no país. A pesquisa é de cunho bibliográfico, uma vez que foi elaborada a partir de livros e de textos já disponibilizados na internet, tais como: teses, dissertações, artigos etc. O estudo do romance em questão fundamenta-se à luz das teorizações propostas por autores como Catherine C. Fourshey; Rhonda M. Gonzales; Christine Saidi (2019); Homi Bhabha (2019); J. L. Cabaço (2004; 2008); Achille Mbembe (2014; 2018); Partha Chatterjee (1996); Amadou Hampâté-Bâ (2010); J. Vansina (1982); Francisco Noa (2015); L. Rosário (2010); Ana Mafalda Leite (2020); Kwame Anthony Appiah (1997); Grada Kilomba (2020); Gayatri C. Spivak (2010); Kebengele Munanga (2019); E. F. de Souza (2006; 2017), entre outras. A partir da análise do romance Jesusalém (2009), foi possível constatar que Mia Couto, ao passo em que evidencia um cenário devastado pelas guerras que objetivam a emancipação de Moçambique, adota uma postura que se ocupa de romper com os discursos eurocêntricos, atuando, assim, como um literato antagônico às imposições dos domínios exploratórios colonial e imperialista. A produção de ficções como Jesusalém (2009), cujas obras versam sobre questões concernentes ao padecimento dos colonizados, dos imigrantes, dos ameríndios, dos periféricos, dos expatriados, dos subalternizados, historicamente, busca, no âmago das situações de aculturamento (apagamento cultural), de violação de direitos e de perdas de identidades, o fio condutor para a libertação e “desconstrução” ideológica face à pilhagem colonial, a fim de reconstruir identidades obliteradas, sejam elas de grupos étnicos ou nacionais.por
dc.description.abstractCultural identity is a topic that has been widely discussed currently. Part of these discussions regards to the problematization of the supremacy that was intended by Western Europe. Consequently, the purpose of these new approaches is, as Kebengele Munanga (2019) wrote, to establish the values of African and Western civilizations in a position of equivalence, thus rejecting the inferiority, negative stereotyping and exotic character given to the colonized subject, above all, to African people. Based on this, the aim of this study is to show how the Mozambican cultural identity is (re)constructed in the novel Jesusalém (2009), by Mia Couto. With a somewhat vast production, especially considering how new Mozambican lusophone literature is, the most significant features of Mia Couto's literary production are the following: the autochthonous traditions, the linguistic inventiveness registered in the colonizer's code, the Mozambique scenario, national identity, decolonization and/or anti-colonial sentiment, political-social engagement and the multiple oppressive forms that restrict women, among others. From this perspective, Mia Couto's writings are linguistic subsidies for the creation and solidification of a nationalist conscience and a freer aesthetic, while also contributing to the reaffirmation of “cultural differences” (BHABHA, 2019) that are present in the country. This research is bibliographical, since it was organized from books and texts already available on the internet, such as theses, dissertations, articles, etc. The study of this novel is based on theorizations proposed by authors such as Catherine C. Fourshey; Rhonda M. Gonzales; Christine Saidi (2019); Homi Bhabha (2019); J. L. Cabaço (2004; 2008); Achille Mbembe (2014; 2018); Partha Chatterjee (1996); Amadou Hampâté-Bâ (2010); J. Vansina (1982); Francisco Noa (2015); L. Rosário (2010); Ana Mafalda Leite (2020); Kwame Anthony Appiah (1997); Grada Kilomba (2020); Gayatri C. Spivak (2010); Kebengele Munanga (2019); E. F. de Souza (2006; 2017), among others. The analysis of the novel Jesusalém (2009) found that Mia Couto, while evidencing a scenario hat was devastated by the wars aimed at the emancipation of Mozambique, adopts a posture that seeks to break with the Eurocentric discourses, thus acting as a literary antagonist to the impositions of the colonial and imperialist exploratory domains. The production of fiction works, such as the novel Jesusalém (2009), which deal with issues concerning the suffering of colonized people, immigrants, Amerindians, peripheral, expatriates, subordinate people, historically, seeks, in situations of acculturation (cultural erasure) , of violation of rights and loss of identities, the connecting thread for liberation and ideological “deconstruction” in the face of colonial plunder, in order to reconstruct obliterated identities, whether of ethnic or national groups.eng
dc.description.provenanceSubmitted by Biblioteca Central UESPI (bcuespi@uespi.br) on 2021-12-07T14:15:03Z No. of bitstreams: 2 Dissertação Completa.pdf: 1311653 bytes, checksum: f38c3a4371be021116c728e711e7fca7 (MD5) Termo de Publicação.pdf: 918496 bytes, checksum: 9a753e8b031d49285fc16e036411b317 (MD5)eng
dc.description.provenanceMade available in DSpace on 2021-12-07T14:15:03Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação Completa.pdf: 1311653 bytes, checksum: f38c3a4371be021116c728e711e7fca7 (MD5) Termo de Publicação.pdf: 918496 bytes, checksum: 9a753e8b031d49285fc16e036411b317 (MD5) Previous issue date: 2021-08-13eng
dc.formatapplication/pdf*
dc.languageporpor
dc.publisherUniversidade Estadual do Piauípor
dc.publisher.departmentCentro de Ciências Humanas e Letraspor
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.initialsUESPIpor
dc.publisher.programPrograma de Mestrado Acadêmico em Letraspor
dc.rightsAcesso Abertopor
dc.subjectIdentidade culturalpor
dc.subjectMoçambiquepor
dc.subject.cnpqLINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTESpor
dc.titleDescolonização e identidade cultural moçambicana no romance Jesusalém, de Mia Coutopor
dc.typeDissertaçãopor
Aparece nas coleções:Mestrado Acadêmico em Letras

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Dissertação Completa.pdf1,28 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar
Termo de Publicação.pdf896,97 kBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.