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Tipo do documento: Dissertação
Título: A hora e a vez de Augusto Matraga: do universo rosiano à adaptação fílmica de Vinícius Coimbra
Autor: Pires, Sayara Saraiva
Primeiro orientador: Torres, José Wanderson Lima
Resumo: Esta pesquisa encontrar-se no âmbito da literatura comparada, em busca de compreender nuances do processo de adaptação. Para tanto, abordamos o filme A hora e a vez de Augusto Matraga (2015) de Vinícius Coimbra, baseado no conto literário homônimo de Guimarães Rosa (1945), à luz de um diálogo comparativo a fim de elucidar a construção fílmica a partir da transposição de um sistema semiótico para outro, seguindo o embasamento teórico de estudos de André Bazin (1991/2018), Luis Buñuel (1983), Sylvie Debs (2010), Thaís Flores Diniz (1998/2005), Linda Hutcheon (2013), Marcelo Ikeda (2012/2019), Marcel Martin (2013), Christian Metz (2006), Robert Stam (1981/2006/2008), Joseph Campbell (1995), entre outros. Temos como objetivo analisar o processo de adaptação do conto ao filme, observando os processos de equivalência entre suas linguagens, para tentar compreender suas distinções discursivas temporais. Partimos da hipótese de que o processo de adaptação é abrangente e complexo, não leva em conta apenas uma transposição de linguagens, passa por um amplo procedimento de conexão estrutural, ideológica e simbólica. Sob essa ótica, percebemos que o momento de produção das duas obras infere diretamente na sua construção discursiva, a estética de ambos é pertinente ao que se propõe para sua época de construção, assim, há a constatação do apelo comercial no filme de Coimbra, em consonância com o domínio cinematográfico da contemporaneidade; neste caminho, percebemos que a ideologia presente na obra fílmica remete a expectativa de recepção, pela qual mantém-se uma aproximação com o texto literário, sem transformações bruscas, ao contrário do que se vê na adaptação de Roberto Santos (1965); em consequência disto, constatamos também que o cineasta propõe seguimento ao arquétipo do herói, baseado no desenvolvimento do conto, desencadeando uma jornada heroica ao personagem protagonista, ascendendo a simbologia do mito. Diante disso, é pertinente observamos que uma obra literária está aberta a distintas interpretações, tornando a adaptação como atuante de reprodução e conexão de culturas, produzindo diálogos sob ideologias diferentes, eclodindo discussões sobre a sociedade e conflitos individuais.
Abstract: This research concerns with comparative literature, aiming at understanding traits of the adaptation process. Therefore, we analyze the film A hora e a vez de Augusto Matraga (2015) by Vinícius Coimbra, adapted from the homonyms short story by Guimarães Rosa (1945), in the light of a comparative dialogue in order to elucidate the filmic construction from the transposition of one semiotic system to another, based on the theoretical studies by André Bazin (1991/2018), Luis Buñuel (1983), Sylvie Debs (2010), Thaís Flores Diniz (1998/2005), Linda Hutcheon (2013), Marcelo Ikeda (2012/2019), Marcel Martin (2013), Christian Metz (2006), Robert Stam (1981/2006/2008), Joseph Campbell (1995), among others. We aim at analyzing the adaptation process from short story to film, observing the processes of equivalence between their languages, looking forward to understanding their temporal discursive distinctions. Our hypothesis is that the adaptation process is wide and complex, it does not take into account only a transposition of languages, it goes through a broad procedure of structural, ideological and symbolic connection. From this perspective, we perceive that the context of production of both works infers directly to their discursive construction, considering that the aesthetics is pertinent to what is proposed according to the time of production, thus, there is commercial appeal in Coimbra’s film, in accordance with the cinematic domain in contemporaneity; in this sense, we find out that the ideology present in the film refers to the audience expectations, through which there is still an approximation with the literary text, without abrupt transformations, in contrast to what it is observed in Roberto Santos’s adaptation (1965); as a result, we also find out that the director proposes following the hero archetype, based on the development of the short story, triggering a heroic journey to the protagonist, ascending the symbology of the myth. That said, it is important to observe that a literary work is open to different interpretations, rendering the adaptation as an act of reproduction and connection of cultures, producing dialogues under different ideologies, rising discussions about society and individual conflicts.
Palavras-chave: Adaptação
Cinema e Literatura
Augusto Matraga
Guimarães Rosa
Vinícius Coimbra
Área(s) do CNPq: LETRAS::LITERATURA COMPARADA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Estadual do Piauí
Sigla da instituição: UESPI
Departamento: Centro de Ciências Humanas e Letras
Programa: Programa de Mestrado Acadêmico em Letras
Citação: PIRES, Sayara Saraiva. A hora e a vez de Augusto Matraga: do universo rosiano à adaptação fílmica de Vinícius Coimbra. 2020. 129 f. Dissertação (Programa de Mestrado Acadêmico em Letras) - Universidade Estadual do Piauí, Teresina, 2020.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://localhost:8080/tede/handle/tede/317
Data de defesa: 15-Mai-2020
Aparece nas coleções:Mestrado Acadêmico em Letras

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